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31/08/2010 - 08h22

Atirador que matou sete pessoas na Eslováquia tinha porte de armas, diz polícia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-soldado que matou sete pessoas e feriu 14 na segunda-feira na Eslováquia antes de cometer suicídio tinha porte de armas, informou a polícia local. Autoridades também confirmaram que todas as vítimas eram de origem cigana.

"A polícia encontrou um fuzil de assalto modelo 58. Ele também tinha duas pistolas e vários carregadores. O homem possuía legalmente todas as armas", afirma um comunicado policial.

Ainda na manhã de segunda o homem de 48 anos matou sete pessoas em uma área movimentada de um bairro da periferia de Bratislava, na maior chacina da história da Eslováquia.

Armado com um fuzil e dois revólveres, ele matou primeiro cinco pessoas --quatro mulheres e um homem-- em uma casa do bairro de Devinska Nova Ves, no noroeste de Bratislava. Depois, assassinou outra mulher diante da casa. Todas as vítimas eram de uma mesma família, explicou a polícia em uma entrevista coletiva à imprensa.

Rudolf Urmin/AFP
Atirador ainda não identificado mata seis de uma mesma família e se suicida, segundo polícia eslovaca
Atirador ainda não identificado mata seis de uma mesma família e se suicida, segundo polícia eslovaca

"A sétima vítima, uma mulher de 52 anos que não pertencia a essa família, foi provavelmente morta por acidente em sua varanda quando o assassino começou a atirar na direção das janelas", declarou o ministro do Interior Daniel Lipsic.

"Os primeiros policiais chegaram quando o homem estava saindo da casa", indicou o chefe da polícia eslovaca, Jaroslav Spisiak, que confirmou o suicídio do assassino.

"Já na rua, o homem correu por alguns metros, disparando contra tudo que se movia. Mais policiais chegaram e o cercaram, e ele não viu outra alternativa a não ser cometer suicídio", completou.

VÍTIMAS

A polícia indicou que ainda não sabe a identidade do assassino e sua motivação.

As forças de segurança se negaram a fornecer detalhes a respeito dos nomes das vítimas, limitando-se a indicar que as pessoas mortas eram "membros de uma mesma família de origem cigana".

Mas, por enquanto, é "pouco provável" que haja motivações racistas nesta matança, afirmou o ministro do Interior, acrescentando que a casa pré-fabricada era habitada por ex-militares.

"Quatorze pessoas feridas, entre elas um menino de três anos, foram hospitalizadas", declarou Dominika Sulkova, porta-voz dos serviços de emergência. O menino não corre risco, três pessoas apresentam "ferimentos graves" e as outras ficaram levemente feridas com cortes de estilhaços de vidro, acrescentou.

Entre os feridos há um policial, que levou um tiro na cabeça. Sua condição era estável nesta segunda-feira à tarde, indicou Lipsic.

"Tentamos descobrir a identidade do assassino, vamos estabelecer a identidade das vítimas, mas não temos detalhes no momento", acrescentou.

ATAQUE

Os tiros foram registrados às 10h (05h de Brasília) em uma rua movimentada, próximo a um supermercado e a um jardim de infância desse bairro.

"Vi um homem de meia idade caminhar com uma arma na mão em direção a uma casa pré-fabricada situada próximo ao jardim de infância. Depois, um homem ferido de origem cigana, cuja família vive na casa, saiu de lá correndo.. caiu no chão e o homem atirou nele uma ou duas vezes", declarou Marta Vozbranukova, uma professora da escola maternal.

"Depois, o homem começou a atirar na rua", acrescentou, depois de indicar que não havia crianças na escola nesse momento.

Essa é a maior chacina cometida na Eslováquia --país membro da União Europeia desde 2004-, à exceção dos sangrentos ajustes de contas entre grupos mafiosos dos anos 1990.

 

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