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Hamas fere dois israelenses em novo ataque na Cisjordânia
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
As Brigadas de Ezedin Al Qassam, braço armado do movimento islamita palestino Hamas, assumiram nesta quinta-feira a autoria do ataque armado que deixou dois israelenses feridos em uma estrada da Cisjordânia, ao leste da capital Ramallah, na noite desta quarta-feira.
O grupo já reivindicara o ataque do dia anterior que matou quatro colonos israelenses, incluindo uma mulher grávida, perto de Hebron, também na Cisjordânia.
O ataque aconteceu na estrada 60, que percorre o território ocupado da Cisjordânia de norte a sul, entre as colônias de Rimonim e Kojav Hashachar, mesma via na qual, na terça-feira, foram assassinados os quatro colonos judeus.
Em ação semelhante a de Hebron, os milicianos abriram fogo contra o carro em que viajavam os israelenses, moradores do assentamento judaico de Maale Efrayim. Feridos, os dois conseguiram se salvar ao sair do carro e se esconder em um vale próximo. De lá, pediram ajuda às autoridades.
O grupo indica em mensagem SMS enviada a telefones celulares de jornalistas que seus milicianos abriram fogo contra um veículo no qual viajavam israelenses e feriram dois, um deles gravemente. "Esta é uma mensagem para aqueles que juraram que o ataque de Hebron, efetuado na terça-feira, não se repetiria", afirma o texto.
O porta-voz do braço militar do Hamas na Faixa de Gaza, Abu Obeida, disse em breve comparecimento perante a imprensa que o segundo ataque no território ocupado da Cisjordânia "acontece em resposta aos crimes da ocupação [israelense]".
O novo episódio de violência ocorreu horas antes de o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, iniciarem em Washington um novo processo de diálogo direto de paz, após mais de 20 meses de estagnação. Ambos os líderes negaram que os ataques do Hamas prejudicarão as conversas de paz e lançaram uma ofensiva conjunta contra os milicianos.
O Hamas tinha assegurado após o incidente armado de terça-feira que se tratava do primeiro de uma série de ataques que iam acontecer em breve na Cisjordânia. Nesta quinta-feira, eles alertaram novamente que os ataques continuarão. "As operações de resistência vão continuar e as medidas de ocupação e do Fatah não vão bloqueá-las", disse o porta-voz do grupo Sami Abu Zuhri.
Zuhri disse ainda que Abbas não tem direito de falar pelos palestinos e não representa o povo palestino, por isso, qualquer resultado das negociações diretas não serão reconhecidas pelo Hamas. Tudo que o governo da Cisjordânia faz, criticou Zuhri, "é proteger a segurança da ocupação e dos colonos".
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