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03/09/2010 - 15h26

Peritos da Polícia Federal brasileira vão ajudar a identificar vítimas de chacina no México

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DE SÃO PAULO
DA AGÊNCIA BRASIL

O governo do México aceitou a oferta do Brasil para que peritos da Polícia Federal ajudem na identificação de 31 corpos dos 72 imigrantes vítimas do massacre ocorrido há cerca de duas semanas na fronteira do país com os Estados Unidos.

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Nas próximas horas, devem ser definidos o número de policiais federais que serão colocados à disposição e os detalhes sobre as atividades que eles vão desenvolver em parceria com os mexicanos. As informações são de diplomatas que acompanham o caso.

Até ontem (2) à noite, as autoridades mexicanas confirmavam a localização de 72 corpos, dos quais 41 foram identificados --entre eles apenas um brasileiro, Juliard Aires Fernandes, de 20 anos. Foram encontrados documentos de outro brasileiro, Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos.

O massacre ocorreu há quase duas semanas em uma fazenda na região de Reynosa, no estado de Tamaulipas, na fronteira do México com os Estados Unidos. O crime é atribuído a cartéis de tráfico de pessoas e drogas. A principal suspeita, segundo as autoridades mexicanas, recai sobre o grupo La Zetas.

MASSACRE

A Marinha mexicana encontrou os 72 corpos o dia 24 em uma fazenda perto da cidade de San Fernando, no Estado de Tamaulipas, norte do México e perto da fronteira com os EUA.

Editoria de Arte / Folhapress

Um jovem equatoriano teria sobrevivido ao massacre fingindo-se de morto. Ferido com um tiro na garganta, ele chegou a um posto da Marinha mexicana e contou às autoridades sobre o massacre de imigrantes.

Ele relatou que os estrangeiros foram sequestrados por um grupo criminoso quando tentavam chegar à fronteira com os EUA. Os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas, e ofereceram trabalho como matadores de aluguel por US$ 1.000 quinzenais. Quando os imigrantes recusaram a oferta, os criminosos atiraram.

A Marinha foi até o local e entrou em confronto com o grupo. Pouco depois, encontrou os corpos no rancho. Segundo a polícia, as vítimas parecem ter sido amarradas com os olhos vendados antes de serem enfileiradas em uma parede e mortas a tiros.

BRASILEIROS

Os dois brasileiros identificados entre os 72 imigrantes ilegais mortos na chacina moravam em cidades vizinhas a Governador Valadares (MG), região do Estado conhecida por ser uma das principais exportadoras de mão de obra brasileira para os Estados Unidos.

Juliard Aires Fernandes, 20, era de Santa Efigênia de Minas --com cerca de 4.500 moradores-- e Hermínio Cardoso dos Santos, 24, de Sardoá --cerca de 5.500. As duas localidades ficam a 10 km de distância.

Tanto Juliard quanto Hermínio são de pequenas propriedades rurais distantes do centro dos municípios.

Amigos e parentes ouvidos pela Folha dizem que os dois deixaram o Brasil há cerca de um mês e, desde então, não haviam mais entrado em contato avisando onde estavam. A intenção dos dois, afirmam, era migrar para os Estados Unidos.

 

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