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Causa de Sakineh é disputada por aliados
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GABRIELA MANZINI
DE SÃO PAULO
Sakineh Ashtiani, a iraniana que virou causa célebre em todo o mundo depois de ser condenada a morrer apedrejada pelo crime de adultério, vem sendo disputada por parentes, advogados que supostamente agem em seu nome e uma ONG que atua como a sua "guardiã".
Desde que o advogado contratado para recorrer da sentença de morte, Mohammad Mostafaei, fugiu do Irã, ele e o filho de Sakineh, Sajjad, trocam farpas. Nesta semana, a polêmica sobre uma foto identificada erroneamente pelo londrino "Times" como sendo de Sakineh sem véu islâmico acirrou os ânimos ao máximo.
O jornal culpou Mostafaei pelo engano, e o Comitê Internacional contra o Apedrejamento (Icas, na sigla em inglês) espalhou a informação de que isso havia rendido a Sakineh a punição de 99 chibatadas, reiterando pedidos de que o advogado não volte a comentar o processo.
Mostafaei reagiu em enérgica carta na qual acusa a líder do Icas, Mina Ahadi, ativista membro do banido Partido Comunista do Irã que vive exilada em Colônia, de forjar declarações de Sajjad e mentir sobre o castigo.
O texto gerou uma resposta histérica do comitê, que vê no ataque de Mostafaei razão política, pois o considera defensor do regime. "Só posso aconselhá-lo a tentar ser maduro, e talvez menos oportunista, e diferenciar a agenda política do caso", afirma.
Sakineh permanece isolada na prisão de Tabriz desde 2006. Os filhos dizem tê-la visitado frequentemente até o mês passado, quando começaram a ser barrados.
Desde junho último, a história de Sakineh ganhou status de prioridade e se tornou bem mais que um simples incômodo para Teerã, que luta para retratá-la como uma ré comum. Para a defesa, a iraniana condenada a uma morte cruel é símbolo de violação aos direitos humanos.
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