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12/09/2010 - 07h35

Bomba seria um trunfo do Irã em pacto de não-agressão com Israel, diz escritor

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LUCIANA COELHO
EM CAMBRIDGE (EUA)

De volta do Irã, onde entrevistou Mahmoud Ahmadinejad para a revista "New Yorker", o escritor Jon Lee Anderson soa pessimista. Para ele, que concedeu entrevista à Luciana Coelho, da Folha de S.Paulo, o que o Irã busca é um pacto de não-agressão com Israel que garantiria a estabilidade da região em certa medida.

O problema é que colocou na barganha o programa nuclear, com o qual, diz Anderson, se aproxima mais da bomba. Em um mundo ideal, esse pacto ocorreria com os dois países desarmados. Hipótese, para ele, pouco provável em um horizonte de décadas.

"Mais do que planejar usar [a bomba], Ahmadinejad quer um tipo de paridade, seja ao construir as bombas, seja chegando ao ponto em que acabaria por domar Israel ao ter a habilidade de usá-las".

"Em termos da relação de Israel e Irã, eles precisam reconhecer um ao outro, claro, e precisam de algum acordo sobre posse e uso de armas nucleares. Para isso talvez Israel tenha de abrir mão do direito de tê-las, mantendo-se sob o guarda-chuva americano ou mundial", continua. "Isso teria de integrar o diálogo para destruir os arsenais mundiais. Nem sei se é possível a essa altura, mas não vejo como contorná-la. Enquanto Israel tiver armas nucleares e os árabes e os iranianos não, vai ter sempre alguém tentando obtê-las".

Leia a íntegra na edição deste domingo da Folha, disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.

 

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