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12/09/2010 - 08h41

Irã quer R$ 860 mil de fiança para libertar alpinista americana presa

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O promotor iraniano Abbas Jafari Dolatabadi afirmou neste domingo que a alpinista americana Sarah Shourd, acusada de espionagem e presa há mais de um ano, será libertada após o pagamento de uma fiança de US$ 500 mil (cerca de R$ 860 mil) e poderá voltar aos Estados Unidos. A decisão vem um dia após a data prevista inicialmente para a libertação de Shourd, presa junto ao namorado e um amigo, e inesperadamente cancelada pelo Judiciário.

Sarah, 31 anos, foi detida junto a outros dois americanos Shane Bauer e Josh Fattal, ambos de 27 anos, em 31 de julho de 2009, quando o grupo aparentemente fazia caminhada no Curdistão iraquiano e entrou por engano em território iraniano. As autoridades iranianas os acusaram de espionagem, enquanto eles garantem ser turistas que entraram no Irã sem intenção.

Dolatabadi disse na televisão estatal que "a espião americana pode ser libertada assim que sua fiança de US$ 500 mil for depositada". Ele afirmou ainda que ela pode deixar o país, mas deverá comparecer a corte durante os trâmites de seu julgamento, ainda não iniciado.

Autoridades iranianas convidaram os jornalistas via mensagem de texto no celular a comparecer para libertação de Sarah neste sábado. No dia, contudo, o Judiciário iraniano suspendeu a libertação, dizendo que o processo legal não havia sido completado.

O promotor disse que os outros dois americanos permanecerão na cadeia.

O advogado dos três, Masoud Shafie, disse que os americanos foram à corte mais cedo neste domingo e apresentaram suas defesas finais. A promotoria pode agora apresentar seu indiciamento para que haja um julgamento.

Shafie disse ainda estar esperançoso de que Sarah seja libertada em dois ou três dias, já que a Embaixada da Suíça em Teerã, que representa os interesses americanos no país, já está organizando os trâmites para realizar o pagamento.

Sarah permanece em prisão solitária. Sua família alega que as autoridades iranianas negam tratamento para seus problemas de saúde, incluindo células cervicais pré-cancerígenas e um nódulo no seio.

O ministro de Inteligência, Haidar Moslehi, disse no mês passado que há provas de que os três americanos têm vínculos com os serviços de inteligência dos Estados Unidos. Ele disse ainda que as investigações sobre a acusação de espionagem vão ser encerradas logo. Sob a lei islâmica, eles podem ser condenados à morte.

As mães dos três detidos protestaram no último dia 30 de julho na sede da Missão de Teerã perante a ONU (Organização das Nações Unidas) para exigir a libertação de seus filhos após um ano de detenção. Elas afirmaram que não tiveram nenhum contato com seus filhos depois da visita que o governo iraniano permitiu que realizassem a Teerã em maio, quando estiveram com eles pela primeira vez desde sua detenção.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, o general James Jones, colocou recentemente a libertação dos turistas como uma das condições para que possa acontecer uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

 

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