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Missão chega ao Haiti para apoiar reabilitação institucional
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DA EFE, EM PORTO PRÍNCIPE
Uma missão do Clube de Madrid, dirigida pelo ex-primeiro-ministro francês Lionel Jospin, inicia neste domingo uma visita ao Haiti para supervisionar os esforços da organização em apoio ao restabelecimento institucional do país, que trabalha em seu processo eleitoral para o pleito de 28 de novembro.
A missão é parte de um projeto intitulado "Liderança global para a reconstrução do Haiti", implementado pelo Clube de Madrid e financiado pela CE (Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia), precisou o organismo em comunicado.
A delegação, liderada pelo ex-dirigente socialista, quer ajudar os líderes haitianos e estruturas institucionais a melhorar seu papel na reconstrução e restauração do país, severamente afetado pelo sismo de 12 de janeiro, cujo impacto se reflete oito meses depois da tragédia.
Além disso, a iniciativa quer contribuir para o processo de recuperação da reforma institucional, interrompido pelo devastador terremoto, acrescentou a fonte.
Durante a missão, a delegação do Clube de Madrid se reunirá com o presidente do país, René Préval; o primeiro-ministro, Jean Max Bellerive, e com os membros do CEP (Conselho Eleitoral Provisório) e alguns candidatos à Presidência.
Parte da oposição que rejeitou as próximas eleições por causa de um suposto controle do Executivo sobre o órgão eleitoral acredita ser quase impossível a realização de eleições aceitáveis em 28 de novembro.
"É difícil encontrar uma solução para o problema político do Haiti faltando apenas dois meses para o pleito que escolherá um novo presidente e renovará o Parlamento", disse Edgar Leblanc, dirigente da Alternativa Democrática para o Progresso e a Democracia.
Leblanc afirmou à Agência Efe que esta plataforma política, composta por partidos próximos à Internacional Socialista, não foi informada oficialmente da missão dirigida por Jospin e também não foi convidada a se reunir com a delegação.
O dirigente político citou o registro eleitoral como uma "ferramenta capital" para o sucesso das eleições, e assinalou que será "impossível atualizá-lo" até 28 de novembro.
Leblanc fez alusão aos 300 mil mortos no sismo, dos quais boa parte figuravam no registro eleitoral.
Além disso, segundo o político, não é possível regular no momento a situação dos 1,3 milhão de deslocados por causa do sismo, cujos endereços não correspondem aos que aparecem agora no registro eleitoral.
A delegação do Clube de Madrid provavelmente abordará estes problemas com Colin Granderson, chefe da missão conjunta de observação eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da Caricom (Comunidade do Caribe), que faz parte das personalidades com as quais se encontrará.
A delegação tentará realizar uma reflexão sobre o processo eleitoral e as possibilidades de garantir eleições livres e justas, segundo o Clube de Madrid.
O projeto da organização, que durasse até 2011, inclui assistência ao fortalecimento da capacidade dos partidos políticos para ser capazes de desempenhar uma função coletiva e essencial no desenvolvimento de políticas públicas e debates.
O CEP anunciou na sexta-feira passada que entre 12 e 23 de setembro lançará as operações de recrutamento de 30 mil membros dos escritórios de votos para as eleições presidenciais e legislativas de 28 de novembro.
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