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Autoridade palestina precisa atrair mais investimentos privados, diz Banco Mundial
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DA REUTERS, EM WASHINGTON
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) está bem posicionada para estabelecer um Estado, mas vai continuar dependente de ajuda internacional a menos que consiga atrair investimentos privados e estimular o crescimento econômico, afirma um relatório do Banco Mundial, divulgado nesta quinta-feira.
O relatório a doadores vem a público em meio a novos esforços entre israelenses e palestinos para alcançar um acordo de paz e formar um Estado palestino dentro de um ano.
O Banco Mundial aprovou uma concessão de US$ 40 milhões para apoio orçamentário à ANP nesta quinta-feira. A instituição afirmou que a Autoridade Palestina enfrenta um deficit de financiamento entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões em 2010.
"Se a Autoridade Palestina mantiver seu desempenho atual em criação de instituições e fornecimento de serviços públicos, está bem posicionada para o estabelecimento de um Estado em qualquer momento no futuro próximo", afirmou o Banco Mundial.
A entidade, que supervisiona um fundo palestino em nome dos doadores, disse que a ANP apresentou progresso em manter os gastos dentro das metas de orçamento e estimulou os rendimentos com um melhor recolhimento de impostos.
Apesar desses esforços, a ANP vai continuar dependente de ajuda a menos que um vibrante setor privado seja desenvolvido, informa o relatório.
"A menos que sejam tomadas medidas no futuro próximo para atender os obstáculos restantes ao desenvolvimento do setor privado e ao crescimento sustentável, a ANP vai continuar dependente de doadores e suas instituições, não importa o quão fortes, não serão capazes de apoiar um Estado viável", disse o Banco.
Crescimento econômico sustentável na Cisjordânia e em Gaza continuaram inexistentes, diz o documento.
"Mudanças significativas no ambiente político ainda são necessárias para maior investimento privado, particularmente nos setores produtivos, permitindo à ANP reduzir significativamente sua dependência em ajuda de doadores", diz o Banco Mundial.
Ainda assim, há evidência casuais de que o investimento privado está começando a funcionar em alguns setores. Bancos e programas de garantia de empréstimos indicaram interesse de mais empreendedores em busca de financiamento para projetos de longo prazo, observou o Banco Mundial.
Só entre 2008 e 2009, o número de negócios recém registrados saltou mais de 38%, acrescenta o texto.
O Banco disse ainda ser muito cedo para julgar se um alívio parcial ao bloqueio a Gaza teve algum impacto econômico. "Em todo caso, o impacto no setor privado vai ser limitado enquanto o bloqueio às exportações continuar."
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