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18/09/2010 - 08h05

Chacina no México pode ter mais brasileiros

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FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO

A Polícia Federal confirmou nesta sexta-feira (17) que pode haver outros dois brasileiros entre os 72 mortos da chacina de Tamaulipas, no México, ocorrida no mês passado.

Dois mineiros de Sardoá e Santa Efigênia de Minas, cidades na região de Governador Valadares (MG), já haviam sido encontrados entre os mortos.

Amanhã, três legistas da Polícia Federal embarcam para o México para auxiliar a identificação das vítimas.

Um acordo de cooperação técnica foi firmado entre o órgão brasileiro e o governo mexicano para acelerar o processo da perícia.

A PF não deu detalhes sobre esses dois supostos brasileiros nem divulgou os nomes das vítimas -só fará isso quando tiver a confirmação.

A corporação passou a última semana recolhendo documentos e material biológico -como dados das arcádias dentárias- com as famílias das possíveis vítimas.
De acordo com a PF, há, no entanto, "indícios fortes" de que essas vítimas sejam do Estado do Pará.

Procurado, o Itamaraty não confirmou as informações da Polícia Federal.

MINEIROS

Os corpos dos dois brasileiros identificados anteriormente, Hermínio Cardoso dos Santos, 24, e Juliard Aires Fernandes, 19, ainda se encontram no México, de acordo com as informações do Itamaraty.

Para que os corpos dos mineiros sejam transladados ao Brasil, é necessário que seja feita uma liberação pelo governo mexicano, o que, segundo o Itamaraty, ainda não tem data prevista.
De acordo com amigos e parentes dos dois mineiros, Juliard e Hermínio tentavam migrar aos Estados Unidos ilegalmente, atravessando a fronteira com o México.

MASSACRE

Além dos brasileiros, imigrantes de Honduras, El Salvador e da Guatemala tentavam chegar aos Estados Unidos quando foram capturados e assassinados por narcotraficantes do grupo Zetas.

A chacina só foi descoberta depois que um jovem equatoriano relatou o episódio. Ele sobreviveu ao massacre, fugiu do local, chegou a um posto da Marinha mexicana e relatou o ocorrido.

Segundo o depoimento do sobrevivente, Luis Freddy Lala Pomavilla, os narcotraficantes teriam oferecido trabalho aos imigrantes como matadores de aluguel por um salário de US$ 1.000 quinzenais, mas eles recusaram a oferta e foram baleados.

Até a última semana, autoridades mexicanas haviam identificado sete pessoas como suspeitas de envolvimento no massacre.

Três delas foram encontradas mortas, uma está presa e outras três morreram em confronto com agentes de segurança do país.

 

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