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China investiga quatro japoneses suspeitos de filmagem ilegal
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LUCY HORNBY E LINDA SIEG
DA REUTERS
A China está investigando quatro japoneses suspeitos de entrarem numa zona militar e filmarem, de maneira ilegal, alvos militares, informou a agência estatal de notícias Xinhua, na mais recente altercação que ameaça as relações das duas maiores economias da Ásia.
Os dois lados já estavam envolvidos em uma acalorada disputa deflagrada pela detenção do capitão de um barco de pesca chinês, cuja embarcação colidiu este mês com um navio de patrulha japonês em águas próximas a ilhas disputadas por ambos os países.
"As autoridades do setor de segurança estatal em Shijiazhuan, capital de Hebai, tomaram medidas contra as quatro pessoas, de acordo com a lei, após receber um informe sobre suas atividades ilegais", disse a Xinhua nesta quinta-feira, sem dar detalhes.
Esta semana o premiê chinês, Wen Jiabao, ameaçou adotar medidas de retaliação contra o Japão, caso o país não liberte o capitão da traineira. Tóquio acusa a embarcação de bater em dois navios da guarda costeira japonesa.
As ilhas são conhecidas como Diaoyu, na China, e Senkaku, no Japão. Analistas afirmam que a questão é, em grande medida, uma disputa sobre a soberania numa área rica em gás natural.
O assunto tem despertado fortes emoções na China, onde as lembranças da brutal ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial alimentam a cólera da população. No sábado, cerca de cem manifestantes em diversas cidades chinesas exigiram a libertação do capitão pelo Japão.
JAPÃO PEDE CALMA
A China cancelou reuniões diplomáticas e visitas de estudantes japoneses de programas de intercâmbio, em protesto pela detenção.
Uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores do Japão confirmou que quatro pessoas estavam sendo investigadas, mas não deu detalhes.
"O primeiro-ministro e o ministro-chefe da Casa Civil têm dito repetidamente que gostaríamos de tratar a nossa relação com a China de uma maneira mais calma. Essa é a posição básica e ela permanece inalterada", disse o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores, Hidenobu Sobashima, após a divulgação da investigação.
A agência Xinhua não disse se os quatro haviam sido detidos, mas o palavreado usado indica que eles estavam sob custódia. A agência informou o nome de apenas um deles: Sada Takahashi.
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