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Oposição venezuelana exige divulgação dos resultados das eleições legislativas
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CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A CARACAS
O secretário-executivo da coligação opositora venezuelana, Ramón Guillermo Aveledo, exigiu, já na madrugada de hoje, que o Conselho Nacional Eleitoral divulgue os resultados da eleição de domingo. "Eles [o governo] já sabem o que aconteceu; nós já sabemos o que aconteceu", esbravejou Aveledo, insinuando que a oposição ganhou a eleição ou pelo menos obteve uma votação superior à esperada.
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Até 0h30 de hoje (2h em Brasília), não havia nenhuma informação oficial sobre o resultado, embora tivesse sido prometido para por volta de 20h da véspera.
ELEIÇÕES
Mais de 17,5 milhões venezuelanos votaram neste domingo para eleger os 165 integrantes da Assembleia Nacional. O pleito foi marcado por um clima de tranquilidade, informaram as autoridades. Longas filas persistiam até as 18h local (19h30 em Brasília), horário previsto para o fechamento das seções eleitorais, que ficaram abertas até receber o último voto.
Segundo pesquisas de intenção de voto, a base governista deve obter mais de 50% dos votos. A dúvida é o exato tamanho da maioria. Uma maioria simples, entre 99 e 109 das 165 vagas no Parlamento, força o governo a negociar com a oposição para a aprovação de leis orgânicas e de novos integrantes dos demais poderes públicos, como o Supremo Tribunal, a Procuradoria e o Conselho Eleitoral (CNE) --o que pode resultar num freio às medidas radicais da revolução bolivariana chavista. Se ganhar ainda mais cadeiras, Chávez pode considerar acelerar ainda mais as reformas rumo ao "socialismo do século 21".
A aposta da oposição é conseguir entre 60 e 70 dos assentos parlamentares, o suficiente para tirar a maioria qualificada dos governistas e ganhar voz no processo político após o boicote ao pleito em 2005, em protesto contra irregularidades no processo. O ato não deslegitimou a votação e garantiu a Chávez cinco anos de plenos poderes na Assembleia Nacional.
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