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15/10/2010 - 14h16

Irmão de Lugo retira ação judicial para limitar informações sobre saúde do presidente

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DA ANSA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Pompeyo Lugo, irmão do presidente paraguaio, Fernando Lugo, decidiu voltar atrás e anunciou nesta sexta-feira a retirada de uma ação judicial apresentada por ele com o objetivo de restringir informações sobre o estado de saúde do chefe de governo.

A notícia é divulgada no dia em que o mandatário se submeteu à sua quarta sessão de quimioterapia em um hospital de Assunção.

Lugo, que enfrenta um linfoma, iniciou seu tratamento no Brasil, onde realiza parte do processo periodicamente.

Mais cedo, seu irmão confirmou ter feito a apresentação do recurso, por meio de um advogado, para evitar distorções sobre a questão.

Por sua vez, o porta-voz presidencial, Augusto dos Santos, esclareceu que o mandatário não solicitou que a família interviesse.

"Repudio qualquer iniciativa que possa restringir as informações", expressou.

Desde que Lugo descobriu sofrer de câncer, tanto seus médicos como outros profissionais da saúde opinam com frequência sobre o tema.

O advogado que apresentou o amparo em nome de Pompeyo Lugo, Juan Francisco Valdéz, afirmou que tinha a intenção de evitar que o chefe de Estado fosse "objeto de opiniões infundadas e desautorizadas que confundem a cidadania".

PEDIDOS DE LICENÇA

Nas últimas semanas, governistas e opositores têm discutido bastante sobre o tema da saúde de Lugo, além de questionar se seria o caso do mandatário solicitar uma licença para tratar-se. Contudo, membros da equipe médica que o atende afirmam que ele está em boas condições clínicas.

Um senador paraguaio de oposição pediu na semana passada que ele solicite ao menos três meses de licença para tratar um câncer no sistema linfático, embora o líder tenha afirmado que está em condições de continuar no poder e que a governabilidade está "garantida".

O senador liberal Alfredo Jaeggli, cujo partido pertence à aliança governista mas atua com distância deste grupo, considera Lugo como "um inimigo que vai nos enterrar", segundo declarou em setembro ao jornal ABC.

"Não podemos estar em um limbo, alguém tem que governar o país", afirmou o senador, ao fazer referência às viagens frequentes do mandatário, que num intervalo de dois meses foi internado seis vezes, no Brasil e no Paraguai.

O legislador afirmou que propôs a licença de Lugo à mesa-diretora do Senado. Embora esta solicitação não tenha surtido muito efeito, ele afirmou que poderia apresentar um projeto de lei sobre o tema.

O ministro da Justiça e do Trabalho, Humberto Blasco, considerou como "fora de lugar" este tipo de sugestão, afirmando que especular sobre a saúde do presidente era um ato "prematuro e perverso", além de "mórbido e oportunista".

 

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