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19/10/2010 - 10h36

Mineradores dizem que avisaram do risco, mas não tiveram permissão para sair

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DA EFE

Alguns dos mineradores que durante 70 dias permaneceram presos a 700 metros de profundidade na mina San José, no norte do Chile, afirmaram que alertaram os executivos da empresa três horas antes do desmoronamento sobre perigo que corriam, mas não tiveram permissão sair.

As declarações foram feitas nesta terça-feira pelo deputado Carlos Vilches, membro da comissão que investiga o acidente, que revelou que alguns dos trabalhadores resgatados estão dispostos a ratificar a acusação no Parlamento chileno.

Vilches disse que Juan Illanes, um dos mineradores resgatados, relatou que nas horas prévias ao desmoronamento os trabalhadores advertiram que os rangidos de rocha na mina San José eram mais fortes do que o habitual e pediram para voltar à superfície, o que foi negado pelo gerente de operações da mina, Carlos Pinilla.

"Todos sabiam do risco, mas estes senhores atuavam com indiferença. O razoável era tirá-los de lá", acrescentou Vilches, que também confirmou que vários já aceitaram dar seu testemunho.

A versão de Illanes foi confirmada por seus companheiros Jimmy Sánchez e Omar Reygadas.

"Pinilla sabia muito bem o que acontecia na mina, ele não pode negar. Fazia vários dias que estava rangendo. Eu me apresentarei diante da comissão investigadora, é meu dever", disse Reygadas.

Cristián Barra, o assessor do Ministério do Interior que esteve na mina durante todo o resgate, concordou que havia sinais que antecipavam o acidente.

"A opinião dos especialistas é que isto não ocorreu de um minuto para o outro", explicou ao jornal "La Tercera".

 

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