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Procuradoria de Roma investiga mais operações ilegais do Banco do Vaticano
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DA EFE
A Procuradoria de Roma está investigando novas supostas operações ilegais do Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco do Vaticano.
Segundo a imprensa italiana noticiou nesta quarta-feira, as novas operações que estão sendo investigadas pela Procuradoria romana também seriam relativas a um suposto crime de lavagem de dinheiro.
As investigações apuram as movimentações de 300 mil euros depositados em uma conta do IOR aberta no banco italiano UniCredit em novembro de 2009 e uma retirada de fundos no valor de 600 mil euros de uma conta da entidade Intesa Sanpaolo.
Além disso, um Tribunal de Roma negou hoje o pedido do IOR de desbloqueio dos 23 milhões de euros que a Procuradoria havia confiscado pelo fato de a instituição não ter comunicado às autoridades italianas os nomes de dois clientes que fizeram o depósito da quantia.
Remo Casilli/Reuters |
Ettore Gotti Tedeschi é investigado por omissões de dados no Banco do Vaticano; Justiça da Itália apreendeu R$ 52 milhões |
Por estes crimes, estão sendo investigados o diretor do Banco do Vaticano e ex-presidente do Santander Consumer Bank italiano, Ettore Gotti Tedeschi, e o diretor-geral do IOR, Paolo Cipriani.
O crime de lavagem de dinheiro prevê, na União Europeia, multas de 5.000 a 500 mil euros e penas de seis meses a um ano de prisão.
DEFESA
O Vaticano garantiu no fim do mês passado que as recentes investigações que envolvem o IOR foram motivadas por um equívoco e defendeu a transparência nas operações.
O caso teria sido motivado pela falta de informações sobre os destinatários das operações financeiras a partir de uma conta do IOR no banco Credito Artigiano. A possível irregularidade estaria inserida em leis italianas contra a lavagem de dinheiro, e os 23 milhões de euros de ambas transferências foram sequestrados pelas autoridades.
Segundo o Vaticano, o IOR não é um banco no sentido comum do termo, pois administra os bens das entidades católicas com finalidade de apostolado religioso e caridade a nível internacional, e está na Estado da Cidade do Vaticano, fora da jurisdição de vigilância dos diversos bancos nacionais.
HISTÓRICO
O IOR, que maneja contas de ordens religiosas e outras associações católicas que utilizam o status de paraíso fiscal da Santa Sé, foi dirigido na década de 80 pelo polêmico arcebispo americano Paul Marcinkus, muito próximo ao papa João Paulo 2º, que sempre o protegeu.
O escândalo, que custou a vida, entre outros, do banqueiro Roberto Calvi, encontrado misteriosamente enforcado sob a ponte Blackfriars, em Londres, trouxe à tona as relações ocultas entre o banco do Vaticano, a loja maçônica P2 de Licio Gelli e a máfia siciliana.
Pela primeira vez em 30 anos, os diretores do IOR estão na mira da Justiça italiana, a pedido das autoridades bancárias nacionais, que acompanham com mais atenção e independência as atividades da instituição.
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