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20/10/2010 - 16h42

Acusado no Equador de tentativa de golpe, ex-presidente adverte para novos "levantes"

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DA ANSA

O ex-presidente do Equador Lucio Gutiérrez, acusado pelo mandatário Rafael Correa de estar por trás da tentativa de desestabilização do governo de 30 de setembro, advertiu nesta quarta-feira que haverá novos "levantes" no país se não houver "retificações" das autoridades.

"Qualquer coisa pode ocorrer no Equador, um novo levante, talvez militar, um levante talvez da população civil, e isso é óbvio, pois quando alguém escuta os trovões, que é o que outro diz, vai chover", assegurou o político ao se reunir com a imprensa estrangeira.

Gutiérrez e o seu Partido Sociedade Patriótica foram acusados pelo governo equatoriano como os principais instigadores de uma suposta tentativa de golpe de Estado no mês passado, quando uma revolta policial levou à tomada de quartéis, a confrontos nas ruas e ao sequestro de Correa em um hospital por cerca de 12 horas. Pelo menos sete pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Coronel retirado, o ex-presidente negou ter tido contato direto com os policiais ou militares em "serviço ativo" antes ou depois da tentativa de desestabilização, mas assegurou conhecer que há "descontentamento" entre os membros das forças de ordem. Em ocasiões anteriores, ele rejeitou estar envolvido no caso.

NOVA LEI

A revolta foi iniciada com o pretexto de condenar uma lei que retiraria benefícios econômicos e prêmios da categoria. Correa e seus ministros, no entanto, afirmaram que havia uma campanha de "desinformação" promovida por opositores, já que sua gestão teria duplicado os salários dos policiais.

Gutiérrez governou o Equador entre 2003 e 2005, quando decisões como a destituição de 27 dos 31 juízes da Suprema Corte --e a posterior anulação de processos movidos contra ex-mandatários-- geraram protestos da oposição e fizeram a população tomar as ruas.

O então líder do Executivo fugiu para o Brasil, onde permaneceu como refugiado, e o Congresso o destituiu por "abandono de cargo".

 

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