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23/10/2010 - 09h42

Supertufão Megi atinge costa da China e força retirada de 270 mil pessoas

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após matar ao menos 26 nas Filipinas e três em Taiwan, países por onde passou durante a semana, o supertufão Megi atingiu neste sábado a costa da China, forçando a retirada de ao menos 270 mil pessoas, informou a agência oficial Xinhua.

Veja galeria de imagens do supertufão Megi

Como já era previsto pelos meteorologistas há dias, o Megi chegou à cidade de Zhangzhou, na Província de Fujian, com ventos de mais de 100 km/h e fortes chuvas, indicaram as autoridades.

Apesar do alerta, o supertufão --o mais forte a atingir a região nos últimos 50 anos-- está reduzindo sua intensidade, mas ainda assim há a previsão de que leve mau tempo aoutras Províncias orientais chinesas como Zhejiang e Jiangxi.

Imagens de emissoras de televisão mostram ondas na costa de Fujian em meio a fortes chuvas e moradores utilizando cordas para segurar postes de luz nas ruas. Pescadores e membros da marinha mercante amarraram barcos no porto de Zhanghou.

Embora o supertufão tenha causado o cancelamento de 79 voos na cidade litorânea de Xiamen, além do fechamento de uma ponte que liga a localidade a uma ilha vizinha, por enquanto ainda não foram registrados danos materiais nem vítimas.

PASSAGEM POR TAIWAN

Ainda na sexta-feira (22) o supertufão Megi matou ao menos três e criou transtornos na ilha de Taiwan, onde mais de 400 pessoas ficaram isoladas pelas fortes chuvas e ventos.

Ao passar pelas Filipinas, mais cedo nesta semana, o Megi já deixara ao menos 26 mortos, quatro desaparecidos e 34 feridos.

O Centro Nacional de Prevenção de Desastres filipino destacou que pelo menos 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pelo temporal em 23 Províncias, inclusive a capital, Manila, e mais de 32 mil permanecem desabrigadas em centros de amparo.

Pichi Chuang/Reuters
Em direção ao sul da China, supertufão Megi passa por Taiwan e deixa ao menos três mortos e 400 isolados
Em direção ao sul da China, supertufão Megi passa por Taiwan e deixa ao menos três mortos e 400 isolados

Nesta sexta-feira (22), em Taiwan, o Megi já causou ao menos três mortes, levou 400 pessoas ao isolamento pelas fortes chuvas e causou uma série de transtornos.

Muitos voos foram cancelados, várias viagens de barca adiadas e pelo menos 160 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas em função da passagem do tufão.

DESLIZAMENTOS DE TERRA

Centenas de pessoas foram soterradas na estrada de Suao, quando houve quedas de barreiras e rochas, que bloquearam o trânsito, cobriram veículos e danificaram trechos da rodovia, destacou o Escritório de Turismo de Taiwan..

Até sexta-feira, 290 pessoas haviam sido resgatadas, mas ainda restam 250 turistas chineses soterrados na estrada.

A gravidade dos danos e as chuvas constantes dificultam um resgate por terra desses turistas soterrados, assinalou o Departamento de Estradas Nacionais, que já enviou equipes de resgate.

O presidente taiuanês, Ma Ying-jeou, fez um apelo para que se acelerem as operações de socorro. O primeiro-ministro, Wu Deem-yih, afirmou que não serão poupados esforços para o resgate.

ÔNIBUS

A passagem do supertufão também deixou desaparecido um ônibus com 22 pessoas a bordo informou o Escritório de Turismo de Taiwan.

As pessoas a bordo eram 19 turistas chineses, um guia chinês e dois motoristas taiuaneses -- um deles também guia.

Pichi Chuang/Reuters
Muitas áreas foram alagadas em Taiwan; ônibus com 22 a bordo está desaparecido após deslizamento de terras
Muitas áreas foram alagadas em Taiwan; ônibus com 22 a bordo está desaparecido após deslizamento de terras

As equipes de socorro continuam a busca pelo ônibus turístico desaparecido, que fazia uma excursão pela empresa Harula Tour.

O veículo desaparecido não tinha localizador GPS, o que está dificultando as buscas. Teme-se que o sumiço tenha terminado em tragédia, já que desde ontem não se consegue entrar em contato com os telefones celulares do guia da excursão e de um dos motoristas, indicou a Agência Central de Notícias oficial.

FILIPINAS

Um balanço inicial do governo filipino revelou os danos causados pelo supertufão, que passou pelo país com ventos de até 225 km/h e sequências de 260 km/h.

Pelo menos 27.489 casas foram destruídas e outras 160.371 ficaram danificadas parcialmente pelas enchentes e deslizamentos de terra provocados pelo Megi.

Segundo o governo filipino, os prejuízos econômicos chegam a 7,615 bilhões de pesos (cerca de R$ 300 milhões), sendo a agricultura o setor mais abalado.

O temporal acabou com 2.854 quilômetros quadrados de plantações de arroz, deixando inutilizáveis 314 mil toneladas do principal sustento alimentício da maioria dos filipinos.

O Megi é o décimo e mais forte tufão a atingir as Filipinas neste ano. Em julho, 102 pessoas morreram em enchentes e deslizamentos causados por outro similar.

A cada ano, entre 15 e 20 tufões passam pelo arquipélago durante a estação chuvosa, que começa entre maio e junho e termina em outubro ou novembro.

 

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