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24/10/2010 - 04h16

Presidente do Haiti diz que surto de cólera no país foi "importado"

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DA EFE

O presidente do Haiti, René Préval, disse neste sábado que a epidemia de cólera que atinge o país desde o início da semana foi "importada", embora não queira investigar a procedência.

"Seria irresponsável e perigoso" identificar um país como fonte da epidemia que já matou 210 pessoas, declarou o líder haitiano à emissora privada Radio Kiskeya desde Mirebalais (leste), uma das zonas afetadas pela doença.

St-Felix Evens/Reuters
Haitianos contaminados por cólera aguardam tratamento médico em chão de hospital
Haitianos contaminados por cólera aguardam tratamento médico em chão de hospital

Acompanhado pelo ministro da Saúde, Alex Larsen; do responsável de Interior, Paul Antoine Bien-Aimé; e do chefe da Polícia, Mario Andrésol, Préval visitou também Artibonite (norte), outro departamento muito afetado pelo surto.

O líder aproveitou para pedir que a população siga os hábitos de higiene recomendados para evitar que a doença se espalhe ainda mais.

"Ajudem-se e ajudem o Estado", disse o presidente haitiano, que também pediu que os veículos de imprensa colaborem com a campanha contra a doença através de boletins de informação e mensagens de sensibilização.

EPIDEMIA

O número de mortos pela epidemia de cólera no Haiti superou os 200 neste sábado, enquanto o governo e organizações de assistência redobravam os esforços para impedir que a doença chegue na capital, devastada pelo terremoto que atingiu o país.

Com mais de 2.300 casos da doença, cujo foco foi descoberto nesta semana, e com a previsão dos especialistas de que esses números crescerão ainda mais, as equipes médicas haitianas e internacionais estão trabalhando desesperadamente para isolar a conter a epidemia nas regiões Artibonite e do Planalto Central.

Elas ficam ao norte da capital, Porto Príncipe, com suas favelas esquálidas e cerca de 1,3 milhão de sobreviventes do terremoto de 12 de janeiro, a maioria em acampamentos de cabanas de lona, lotadas.

É a pior emergência médica a atingir a pobre nação caribenha desde o terremoto, que matou em torno de 300.000 pessoas. É também a primeira epidemia de cólera no Haiti em um século.

 

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