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04/11/2010 - 13h36

Nobel da Paz 2010, dissidente chinês é homenageado com outro prêmio

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DA FRANCE PRESSE

O Nobel da Paz 2010, o chinês Liu Xiaobo, que cumpre pena de 11 anos de prisão acusado de subversão, foi agraciado com um prêmio da organização Human Rights Watch por ter arriscado sua vida para "proteger a dignidade" de outros.

O jornalista e escritor de 54 anos recebeu 1 dos 6 prêmios Alison Des Forges, concedidos pela organização da defesa dos direitos humanos com sede em Nova York.

Renee Xia, membro dos Defensores dos Direitos Humanos na China, uma rede de ativistas, aceitou o prêmio em seu nome numa cerimônia em homenagem a Liu.

Em comunicado, a ONG Human Rights Watch disse que o prêmio "celebra o valor dos indivíduos que arriscam suas vidas para proteger a dignidade e os direitos dos outros".

"Homenageando Liu Xiaobo, também homenageamos um número incalculável de defensores dos direitos humanos que foram presos injustamente por seus valentes esforços para reformar a China por dentro", afirmou Sophie Richardson, diretora para a Ásia da ONG.

ATIVISMO

Liu tem defendido uma mudança política pacífica e gradual, em vez da confrontação com Pequim. O dissidente participou dos protestos da Praça da Paz Celestial duramente reprimidos pelo governo em 1989.

Há dois anos, Liu foi coautor de um documento exortando o governo chinês a conceder mais liberdade ao país e a acabar com o domínio absoluto do Partido Comunista sobre a política chinesa.

Devido a essa carta, o Prêmio Nobel 2010 foi condenado no ano passado a 11 anos de prisão, pena que cumpre atualmente em uma penitenciária de Pequim.

REAÇÃO

O Ministério das Relações Exteriores da China atacou a decisão e disse que o prêmio deveria, em vez disso, ser usado para a promoção da amizade internacional e do desarmamento.

"Liu Xiaobo é um criminoso sentenciado pela Justiça chinesa por violar as leis da China", disse a Chancelaria. "[A decisão] é completamente contrário ao próprio espírito do prêmio e é uma blasfêmia ao Nobel da Paz."

O anúncio em emissoras de TV como a americana CNN foi imediatamente censurado, e sites da internet que fazem a cobertura da premiação foram bloqueados. Tentativas de envio de mensagens de texto por celular com sobre "Liu Xiaobo" não eram possíveis.

 

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