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05/11/2010 - 19h17

Guerrilha ELN faz dois reféns na Colômbia e os leva para Venezuela, segundo polícia

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DA REUTERS, EM BOGOTÁ

Guerrilheiros de esquerda sequestraram dois parentes de dirigentes políticos de uma região da Colômbia e os levaram para a Venezuela, disse a polícia nesta sexta-feira.

Fontes de segurança disseram que os ministérios colombianos de Defesa e Relações Exteriores pedirão ajuda à Venezuela para que seus militares colaborem no resgate dos reféns.

Os sequestros foram atribuídos ao Exército de Libertação Nacional (ELN), segunda maior guerrilha colombiana. Eles ocorreram nos municípios de Arauca e Saravena, próximos da fronteira com a Venezuela.

As vítimas, segundo a polícia, foram a professora Ana Judith Agudelo, mãe de uma vereadora de Arauca, e Alexis Avellaneda, irmão do prefeito de Saravena.

"Apuramos que muito rapidamente eles foram passados para a Venezuela, (um dos reféns) para o setor de Amparo, e o outro ao setor de Puetro Contreras", disse a jornalistas o comandante regional de polícia, general Orlando Pineda.

O Departamento (Estado) de Arauca, onde ocorreram os sequestros, é uma próspera região petrolífera e pecuária, onde há grande presença do ELN e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

CRISE

Colômbia e Venezuela recentemente viveram uma crise diplomática devido às acusações colombianas de que Caracas estaria dando refúgio a guerrilheiros em seu território.

O ELN diz contar com cerca de 5.000 combatentes, mas o governo estima que restem apenas cerca de 2.000. O grupo, criado por padres católicos radicais, viveu seu auge na década de 1990, quando cometia frequentes atentados contra a infraestrutura energética e petrolífera da Colômbia, além de cometer sequestros.

Mas o ELN foi debilitado por uma ofensiva militar, pela ação de paramilitares de direita e por disputas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pelo controle de territórios.

Anos atrás, o grupo manteve um diálogo com o governo do então presidente Álvaro Uribe, com mediação de Cuba, mas não chegou a iniciar um processo formal que levasse ao desarmamento e reincorporação de seus combatentes à vida civil.

Nesta semana, o ELN propôs ao governo colombiano um acordo nacional, com a participação de todos os setores políticos e sociais, como caminho para alcançar a paz em um processo que, destacou, poderia ser concluído com uma assembleia que reforme a Constituição.

 

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