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Carros-bomba matam fiéis iranianos em cidades sagradas do Iraque
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ASEEL KAMI
DA REUTERS, EM BAGDÁ
Dois carros-bomba que tinham como alvo fiéis iranianos nas cidades sagradas iraquianas Kerbala e Najaf mataram ao menos dez pessoas nesta segunda-feira, enquanto outro automóvel com explosivos fez ao menos mais 12 vítimas numa área de lojas e restaurantes no centro petrolífero do país.
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Sete pessoas morreram e 34 ficaram feridas em uma explosão numa das entradas de Kerbala, que abriga dois dos santuários mais sagrados para os xiitas, afirmou Mohammed al Moussawi, chefe do conselho da província de Kerbala.
Quatro das vítimas eram iranianas, disse ele. "Foi um carro-bomba. Havia fiéis iranianos na área. Eles foram o alvo", disse Moussawi.
Em Najaf, outro carro-bomba matou três pessoas e feriu outras dez ao explodir perto de um ônibus que transportava fieis iranianos ao santuário de Imam Ali, informou o funcionário de um hospital. Uma fonte da polícia disse que foram cinco mortos e 16 feridos, e afirmou que a maioria das vítimas era iraniana.
Outro funcionário da secretaria de saúde de Najaf disse que oito pessoas, incluindo três iranianos, morreram por causa da bomba, e 19, sete deles iranianos, ficaram feridos.
Centenas de milhares de turistas religiosos iranianos visitam os sítios sagrados xiitas no Iraque desde que a invasão liderada pelos EUA em 2003 derrubou do poder o ditador sunita Saddam Hussein.
Saddam reprimiu as insurreições promovidas pela maioria xiita no Iraque, proibia os festivais religiosos xiitas e travou uma guerra de oito anos com o Irã, governado por xiitas.
Os fiéis são alvos frequentes dos grupos islâmicos sunitas, como a Al Qaeda, no Iraque, que consideram apóstatas os muçulmanos xiitas.
Em um ataque separado, um outro carro-bomba explodiu em uma área de bares, restaurantes e lojas na cidade de Basra, centro das instalações de petróleo no sul do país, deixando ao menos 12 mortos e 30 feridos.
POLÍTICA
Enquanto isso, líderes das várias facções políticas do Iraque reuniram-se na capital da região curda também nesta segunda a fim de romper o impasse sobre a formação de um novo governo, que tem deixado o país no limbo desde uma eleição inconclusiva realizada em março.
O primeiro-ministro interino Nuri al Maliki, que é xiita, está perto de garantir um segundo mandato, mas ainda tenta conquistar o apoio de líderes da aliança intersectária apoiada pelos sunitas.
Com o impasse, as tensões aumentaram, já que Maliki e o líder do bloco apoiado pelos sunitas, o ex-premiê Iyad Allawi, disputam o poder, enquanto os insurgentes executam uma série de ataques, em geral devastadores.
As tropas norte-americanas estão diminuindo sua presença no Iraque antes da retirada completa no ano que vem.
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