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11/11/2010 - 08h51

Saiba mais sobre Iyad Allawi, líder da coalizão que venceu eleições no Iraque

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DA REUTERS

As principais facções políticas do Iraque chegaram a um acordo na noite de quarta-feira sobre os nomes para os três principais cargos e encerraram um impasse que se arrastava há oito meses.

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A aliança do ex-premiê Iyad Allawi, a Iraqiya, venceu as eleições legislativas de 7 de março, com duas cadeiras a mais que o grupo do premiê interino, Nouri Al Maliki. Mas não conseguiu a maioria no Parlamento para governar sem alianças.

O grupo vai ficar com a Presidência do Parlamento e Allawi deve chefiar um novo conselho de política estratégica, cuja influência na política de segurança do país ainda está sendo negociada pela Iraqiya.

Nascido em 31 de maio de 1944, em Bagdá, capital do Iraque, Allawi veio de uma família xiita de classe média. Em 1961, se filiou ao Partido Baath e se tornou membro ativo da União Nacional dos Estudantes do Iraque, enquanto fazia faculdade de medicina. Em 1973, com inglês fluente, ele foi aprofundar seus conhecimentos em Londres (Inglaterra) e liderou a filial da união na cidade.

Em 1976, rompeu com o partido e teria estabelecido relação com o serviço de inteligência britânico MI6. Dois anos depois, sobreviveu a uma tentativa de assassinato que atribuiu a membros do próprio partido aliados ao ditador Saddam Hussein.

Em 1979, começou a organizar um grupo político com outros desafetos do Baath --que em 1991 se tornou o Acordo Nacional Iraquiano (INA). Depois de mais de 30 anos no exílio, ele voltou ao Iraque como aliado dos Estados Unidos, após a invasão de 2003.

Mas, com o passar dos anos, tornou-se um dos maiores críticos da invasão americana e do governo unicamente xiita liderado pelo premiê Nouri Al Maliki. Ele acusa o atual premiê de fracassar em dar melhores serviços e segurança ao povo iraquiano e reduzir o desemprego.

Ele chefiou o governo de transição em 2004 e 2005, quando o país vivia uma guerra sectária violenta com os sunitas (minoria no Iraque favorecida pelos anos Hussein). No poder, adotou política de conciliação com os membros do Baath envolvidos em atividades criminosas e defendeu o perdão a rebeldes sunitas e xiitas dispostos a abandonar armas.

Ele já foi grande crítico da influência do Irã na política iraquiana, mas agora procura laços com Teerã. Sua visita à Arábia Saudita, pouco antes da eleição, levantou suspeitas de interferência estrangeira na política nacional.

Em 2005, a INA ficou em terceiro nas eleições legislativas. Pouco depois, Allawi ajudou a formar a Lista Nacional Iraquiana, uma coalizão secular de xiitas e sunitas.

 

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