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11/11/2010 - 12h21

EUA dizem que acordo político no Iraque é "grande passo adiante"

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os Estados Unidos classificaram nesta quinta-feira de um "grande passo adiante" o acordo de divisão de poder anunciado mais cedo pelos principais partidos políticos iraquianos. O acordo, que deve ser confirmado em sessão do Parlamento iraquiano nesta quinta-feira, encerrará oito meses de impasse entre as facções xiitas, sunitas e curdas.

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"O aparente acordo para formar um governo de inclusão significa um grande passo adiante para o Iraque", disse Anthony Blinken, assessor de segurança nacional do vice-presidente americano, Joe Biden.

"Dissemos [durante as negociações] que o melhor resultado seria um governo que refletisse os resultados das eleições e que fosse composto pelos polos mais importantes dos grupos étnicos e religiosos iraquianos e que não exclua ninguém ou mantenha ninguém à margem", disse Blinken.

A formação de um governo era tido como prioritário pelos EUA, cujas tropas de combate deixaram o país em agosto passado, deixando a segurança como responsabilidade deste novo governo. Washington, contudo, negou qualquer influência nas negociações e alegou querer um governo iraquiano feito por iraquianos.

O acordo reparte os principais cargos do país entre as etnias e grupos religiosos de maior influência. O presidente será curdo, o primeiro-ministro, xiita, e o presidente do Parlamento, sunita. Este novo governo será o terceiro desde a instauração das eleições pluripartidário desde a queda de Saddam Hussein, em 2003.

Mais cedo, o presidente do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, anunciou nesta quinta-feira em entrevista coletiva em Bagdá que "os chefes dos blocos políticos [...] acordaram celebrar a sessão do Parlamento nesta quinta-feira e a distribuição das três presidências". Barzani classificou o acordo como "uma grande conquista, uma vitória para todos os iraquianos".

Os resultados das eleições deram uma vitória apertada para a Iraqiya, aliança xiita com apoio sunita, com 91 das 325 cadeiras do Parlamento. Logo atrás, a exclusivamente xiita Estado de Direito, do atual premiê interino, Nouri Al Maliki, obteve 89 cadeiras. A também xiita Aliança Nacional Iraquiana (ANI) obteve 70 cadeiras e outras 43 ficaram com a aliança curda. Eram necessárias 163 cadeiras para um governo sem coalizão.

Maliki e Iyad Allawi, líder da Iraqiya, competiam para formar um governo. O premiê interino apelou então para os países vizinhos e obteve o apoio do Irã.

Barzani não deu o nome dos candidatos para os postos, mas legisladores apontam que o curdo Jalal Talabani deve retornar como presidente. O cargo de primeiro-ministro permaneceria com o Maliki, como Dabagh anunciara no fim de semana.

O porta-voz do governo, Ali al Dabagh, afirmou à agência de notícias France Presse que Osama Al Nujaifi deve ser eleito para a Presidência do Parlamento, em uma "parceria nacional". Al Nujaifi é um dos deputados sunitas da Iraqiya, o partido do ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que também deve ganhar um posto no governo como chefe de um novo conselho de política estratégica.

A porta-voz do partido, Intisar Allawi, confirmou o acordo entre os diversos partidos, mas não quis dar detalhes.

A divisão de poder abre caminho para solucionar a crise que paralisa o funcionamento das instituições há oito meses e para o Iraque criar seu primeiro governo sem a presença das tropas de combate americanas no país --o que exige assumir a responsabilidade pela segurança de um país ainda muito afetado pela insurgência terrorista.

 

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