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Republicanos emperram votação do Start este ano, mas Casa Branca se diz confiante
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Casa Branca expressou confiança nesta quarta-feira de que o Senado americano vai ratificar ainda este ano o histórico tratado de armas nucleares assinado com a Rússia, apesar de um importante senador republicano ter voltado atrás no assunto.
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Em abril, os presidentes dos EUA e Rússia assinaram o novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), estabelecendo que os arsenais de ambos os lados deve ser reduzido para um total de ogivas variando entre 1.500 e 1.675. O tratado deve ser aprovado pelo Senado americano e pela Duma, a Câmara baixa do Parlamento russo, antes de entrar em vigor.
Em mais um revés para Obama, o senador Jon Kyl, número 2 entre os republicanos, disse ontem que não havia tempo hábil este ano para discutir as divergências sobre esse acordo. Kyl foi o líder dos republicanos nas negociações com o governo sobre o Start.
Os republicanos argumentam que o acordo vai limitar as opção de defesa de mísseis dos EUA e não fornecem procedimentos adequados para verificar se a Rússia está cumprindo os termos do tratado.
A Rússia expressou hoje sua preocupação pela resistência dos republicanos no Senado americano.
A Casa Branca, no entanto, disse se manter otimista. "Acho que o tratado será votado, e acho que teremos votos o bastante para aprová-lo", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Gibbs reiterou que o pacto tem o apoio de altos membros dos dois partidos americanos.
"Será um teste de quanto os dois lados conseguem trabalhar juntos em assuntos que são do interesse comum do povo americano", completou Gibbs.
IMPASSE
A Casa Branca quer que o acordo seja aprovado antes do ano que vem, quando a maioria democrata no Senado vai encolher. Os democratas perderam várias cadeiras no Senado para os republicanos nas eleições de 2 de novembro, além de cederem também a maioria na Câmara dos Representantes.
Para a aprovação do Start, assinado por ambos os presidentes em abril passado em Praga, são necessários os votos favoráveis de 67 das 100 cadeiras do Senado dos EUA.
Até agora, o Partido Democrata liderado por Obama contava com 59 cadeiras, mas a vitória republicana nas legislativas do dia 2 supõe que na nova legislatura terá apenas 53, o que complicaria muito as possibilidades de ratificação do tratado, fruto mais importante obtido por Obama até agora no âmbito da política externa.
PRESSÃO
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, fez um apelo ao Senado nesta quarta-feira para que os parlamentares votem o mais rápido possível o Start.
"Podemos e devemos avançar", disse Hillary, durante uma rara visita ao Congresso para promover a aprovação do tratado. "Esse não é um assunto que possa ser adiado".
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Aders Fogh Rasmussem, reiterou o pedido de Hillary, dizendo que o tratado "é do interesse da Aliança".
Ontem, o vice-presidente americano, Joe Biden, afirmou que a segurança dos Estados Unidos será posta em risco se o tratado não for ratificado neste ano.
"O adiamento da ratificação do novo tratado Start colocaria em perigo nossa segurança nacional", afirmou Biden, explicando que a vontade de Obama é continuar trabalhando para sua confirmação pelo Senado "antes do fim do ano".
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