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Veja quais são os principais temas da cúpula da Otan em Lisboa
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DA EFE, EM BRUXELAS (BÉLGICA)
Os países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se reúnem a partir desta sexta-feira em Lisboa, na capital de Portugal, para uma cúpula que terá como desafio definir um novo conceito base e a estratégia para a retirada de tropas do Afeganistão.
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Veja quais são os principais debates e decisões previstos para os dois dias de cúpula
NOVO CONCEITO ESTRATÉGICO
A cúpula aprovará um novo conceito estratégico da Otan, um documento de nove páginas que estabelece os objetivos da Aliança Atlântica para o futuro.
O último documento foi aprovado em 1999 e está desatualizado diante de ameaças como ciberterrorismo, mísseis balísticos, terrorismo, pirataria marítima e ameaças à segurança energética.
A minuta em discussão pelos aliados prevê uma maior presença no exterior partindo da base que as ameaças que afrontam os membros da organização procedem em sua maioria de fora de suas fronteiras.
Para isso, a Otan quer aumentar a cooperação com a ONU e a União Europeia (UE) e com potências emergentes (China, Índia e Brasil), assim como começar a operar em novas áreas, como segurança na internet.
O novo conceito estratégico prevê manter a doutrina da dissuasão nuclear.
DEFESA ANTIMÍSSEIS
A cúpula deve aprovar a criação de um sistema de defesa para proteger o conjunto de países-membros de um eventual ataque com mísseis balísticos.
O projeto que a Otan prepara prevê expandir o sistema no qual já vem trabalhando para defender suas tropas, em parceria com o modelo desenvolvido pelos Estados Unidos.
A organização insiste que o custo de interconexão desses sistemas será de menos de 200 milhões de euros (R$ 466 milhões) escalonados em dez anos, mas funcionários da Otan e diplomatas ressaltam que esse número não inclui o custo de novos equipamentos militares (radares, mísseis) para estender a proteção a toda Europa.
REFORMA INTERNA
Os chefes de Estado e de Governo devem aprovar um corte de sedes e agências da Otan a fim de reduzir os custos operacionais e melhorar a eficiência da organização.
O número de quartéis cairá de 11 para sete, o de funcionários passará de cerca de 13.500 para menos de 9.000 e o de agências diminuirá de 14 para três. A aliança ainda não quantificou ainda quanto prevê economizar com estas medidas.
Este, contudo, é apenas o marco geral para a reforma. Assim, o debate entre os países aliados, com a previsível reticência daqueles que querem evitar fechamentos em seu território, será realizado no primeiro semestre de 2011.
AFEGANISTÃO
Os países aprovarão formalmente ainda o plano para começar, no início de 2011, a transferência da responsabilidade da segurança no Afeganistão para o governo de Cabul nas áreas mais seguras do país.
Pretende-se estender este processo de forma progressiva por todo o país, à medida de como avançarão as condições em distritos e províncias, para que a transição tenha começado em todo o Afeganistão ao fim de 2014.
RÚSSIA
A acirrada agenda de Lisboa termina com uma reunião com o presidente russo, dentro do Conselho Otan-Rússia, na qual se começará a discutir a possível participação de Moscou no sistema de defesa antimísseis que a aliança prevê aprovar.
Além disso, a Otan e a Rússia preveem reforçar sua cooperação com uma declaração sobre as ameaças conjuntas que afrontam e um acordo para aumentar o apoio russo no Afeganistão.
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