Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/11/2010 - 12h32

China rejeita pressão do Vaticano e nomeia bispo não aceito pela Igreja

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O cardeal de Hong Kong Joseph Zen disse nesta sexta-feira que a China confirmou ordenação a bispo do padre Joseph Guo Jincai, considerado "ilegítimo, vergonhoso e incivilizado" em anúncio divulgado ontem (18) pela Igreja Católica.

A declaração foi feita na assembleia realizada a portas fechadas no Vaticano, com mais de 150 cardeais de todo mundo.

Um porta-voz da Santa Sé disse estar preocupado, nesta quinta-feira, com o governo chinês obrigar bispos na China a presenciar a ordenação não autorizada. O Vaticano avisou a China nesta quinta-feira que os esforços por uma reconciliação com o governo chinês parariam se os bispos leais ao papa fossem forçados a participar da ordenação do padre não aceito pela Igreja.

Nesta sexta-feira, a China informou que a ordenação continuará como prevista, no dia 20 de novembro. O governo comunista chinês forçou a Igreja Católica Romana da região a se desligar do Vaticano em 1951.

O reverendo Guo Jicani será ordenado em Chengde, no noroeste da província de Hebei, comunicou por telefone, o vice-presidente da Associação Católica Patriótica Chinesa, Liu Bainian.

Liu disse que a participação de bispos na cerimônia seria voluntária e que a ordenação deve prosseguir porque a diocese local precisava de um bispo. Ele disse que a associação informou dos planos ao Vaticano há três anos.

"Uma diocese católica não pode ficar sem um bispo, ou o evangelho não será propagado", Liu disse. "Nós não deveríamos deixar quaisquer razões políticas interferir na multiplicação do evangelho na China".

Segundo Liu, mais 40 dioceses deverão receber novos bispos. O vice-presidente da associação diz estar esperançoso para que Bento 16 os endosse.

Nas próximas semanas, a Igreja Católica chinesa deverá escolher uma nova liderança em um país com cerca de 60 milhões de seguidores.

REUNIÃO

A reunião no Vaticano discute os casos dos sacerdotes pedófilos, da situação da liberdade religiosa no mundo e da abertura da Igreja Católica aos anglicanos.

Os membros da Igreja foram convocados um dia antes da cerimônia deste sábado que vai condecorar 24 novos cardeais capacitados a eleger um novo papa.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página