Irã liberta duas advogadas detidas por suposto crime contra a segurança

O Irã libertou duas advogadas que haviam sido detidas na semana passada ao lado de três colegas, acusadas de atentado contra a segurança, informaram fontes da oposição.

As advogadas libertadas são Maryam Karbasi e Roza Gharachorlu, segundo o site Kaleme.com, o portal do líder da oposição Mir Hossein Mousavi, que não informa a data de saída da prisão nem se ambas pagaram fiança.

O procurador de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, anunciou no dia 14 de novembro a detenção de cinco advogados, todos suspeitos de atentar contra a segurança.

Elas havia sido presas com Sara Sabbaghiyan, a advogada de Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada à morte por apedrejamento, enquanto retornavam ao Irã.

Dolatabadi afirmou que todos eram acusados de "crimes contra a segurança e atos de violação das normas da República Islâmica fora do país"

Os outros três advogados, duas mulheres e um homem, permanecem detidos.

Os jornais reformistas "Arman" e "Shargh" informaram no sábado passado (13) que Sara Sabaghian e Maryam Kianersi estavam entre os advogados detidos.

Sara Sabaghian representou um internauta ligado à oposição que foi detido. Maryam Kiarnesi estava entre os advogados que defenderam Kobra Najjar, uma mulher condenada à morte por apedrejamento, mas que foi libertada há dois anos.

Vários advogados ligados à defesa dos direitos humanos foram objeto de medidas severas por parte do governo iraniano, depois do movimento de protesto gerado pela polêmica reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.

Milhares de pessoas foram detidas na época. A maioria já foi libertada, mas vários líderes políticos reformistas, jornalistas e militantes dos direitos humanos permanecem detidos, alguns deles condenados a penas longas.