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25/11/2010 - 20h12

Ex-premiê francês depõe na Justiça sobre caso de corrupção Karachigate

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-premiê francês Dominique de Villepin prestou depoimento à Justiça nesta quinta-feira para falar sobre o atentado que matou 11 franceses em Karachi (Paquistão), em 2002, que seria uma suposta retaliação por ter encerrado as comissões pagas ao governo paquistanês, em um caso conhecido como Karachigate.

As suspeitas são de que a França teria pago comissões a autoridades paquistanesas em troca de um contrato de venda de três submarinos ao país asiático. O contrato também estaria ligado a um atentado em maio de 2002, em Karachi, que deixou 15 mortos --entre eles 11 empregados franceses da Direção de Construções navais que trabalhavam na fabricação de submarinos.

Yoan Valat-28jan.10/Efe
Ex-premiê francês Dominique Villepin fala aos jornalistas em janeiro; ele depôs em caso de corrupção envolvendo Paquistão
Ex-premiê francês Dominique Villepin fala aos jornalistas em janeiro; ele depôs em caso de corrupção envolvendo Paquistão

Uma das pistas da investigação é que o atentado poderia ter sido cometido em represália à paralisação da entrega pela França de comissões sobre o contrato, após a eleição do presidente Jacques Chirac, em 1995.

Após cinco horas de testemunho ao juiz que investiga a parte financeira do caso, Villepin fez uma breve declaração à imprensa na qual se limitou a desvincular esse atentado ao fim do pagamento das comissões.

Villepin, quem então era secretário-geral da Presidência e braço-direito do chefe do Estado, responde ao processo aberto pelos familiares das vítimas do ataque contra ele e Chirac por "colocar em perigo a vida do próximo" e "homicídio involuntário".

O advogado das famílias, Olivier Morice, apontou Chirac e Villepin como responsáveis indiretos do atentado que matou 11 engenheiros navais franceses --que trabalhavam em Karachi vinculados a um contrato de venda de submarinos ao Paquistão.

Segundo o advogado, Chirac e Villepin possuíam um relatório que alertava dos riscos que podiam correr os engenheiros enviados ao Paquistão caso o governo francês deixasse de pagar as comissões.

 

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