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02/12/2010 - 19h34

Veja as últimas revelações do WikiLeaks

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DA REUTERS, EM LONDRES (REINO UNIDO)

Desde domingo passado (28), o site WikiLeaks divulga mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos com os bastidores do mundo da diplomacia da maior potência do mundo --incluindo comentários no mínimo inusitados sobre os principais líderes mundiais.

Cinco jornais tiveram acesso à totalidade dos papéis, mas quem tiver interesse pode acessar os documentos direto no site do WikiLeaks. Até o fechamento desta reportagem, o site havia divulgado 611 dos 251.287 telegramas que afirma ter.

Veja as principais revelações dos documentos revelados nesta quinta-feira:

ITÁLIA

- Diplomatas dos EUA expressaram preocupação com os laços especialmente próximos entre o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e seu colega russo, Vladimir Putin, que envolveria ainda propinas pagas pelo russo para obter acordos de energia com a Itália

EGITO

- Presidente egípcio, Hosni Mubarak, alertou as autoridades americanas que poderia desenvolver armas nucleares, caso o Irã comprovadamente obtivesse um arsenal nuclear.

Um embaixador dos EUA descreveu o Egito, receptor de bilhões de dólares em ajuda dos EUA desde a paz com Israel em 1979, como um "aliado teimoso e recalcitrante", em documento de fevereiro de 2009.

ISRAEL

- Os EUA estão preocupados com o aumento do crime organizado em Israel e estão fazendo todo o possível para evitar que as gangues violentas expandam suas operações através do oceano Atlântico.

Um telegrama intitulado "Israel, uma terra prometida para o crime organizado?" mostra que os EUA estavam preocupados com mais do que as perspectivas da diplomacia nuclear e da paz no Oriente Médio.

AIEA

- Chefe da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, Yukiya Amano, insistiu que foi imparcial no seu trabalho, depois que os telegramas vazados mostrarem que, segundo relatos de diplomatas americanos, ele concordava com os Estados Unidos sobre as questões fundamentais, incluindo o controverso programa nuclear do Irã.

O jornal britânico "The Guardian", afirmou esta semana que Amano sugeriu em reuniões com diplomatas dos EUA, antes de assumir o cargo no ano passado, que "estava solidamente no lado dos EUA em qualquer decisão estratégica".

SRI LANKA

- Os Estados Unidos afirmam que há pouca perspectiva de que o Sri Lanka va responsabilizar alguém pelo final sangrento da guerra com os Tigres Tâmeis, já que as alegações de crimes de guerra envolviam não só os rebeldes, como também figuras do governo --de acordo com telegrama enviado por Patricia Butenis, embaixadora dos EUA em Colombo, em 15 de janeiro.

Outro telegrama, vindo da embaixada dos EUA em Londres, revela a confissão de um diplomata britânico de que o ex-ministro das Relações Exteriores, David Miliband, pressionou o governo do Sri Lanka por um cessar-fogo para ajudar a garantir votos para o Partido Trabalhista

TURCOMENISTÃO

- O líder do Turcomenistão é descrito como "não muito brilhante" e "mentiroso de primeira" em um telegrama da embaixada dos EUA no Estado asiático rico em gás.

O texto diz que o presidente do Turcomenistão, Kurbanguly Berdymukhamedov, não gosta dos Estados Unidos, Irã ou Turquia, mas gostava da China. Meticulosamente arrumado, uma vez que ele insistiu que todos os homens que trabalhavam em sua clínica odontológica fizessem vincos na calça.

VENEZUELA

- Os serviços de inteligência cubanos aconselharam diretamente o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no que um diplomata dos EUA chamou de "Eixo do engano", segundo telegrama do Departamento de Estado.

Outros telegramas revelam a ansiedade dos EUA com o "aconchego" de Chávez com o Irã, e as preocupações dos judeus venezuelanos sobre o que eles viram como o preconceito do governo contra eles.

 

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