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02/12/2010 - 19h51

Veja outros casos de vazamento de material secreto dos EUA

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DA REUTERS

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a divulgação de mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos do governo pelo site WikiLeaks para determinar se houve crime e julgar os responsáveis.

Veja outros importantes casos criminais envolvendo a divulgação de segredos de Estado. A maior parte dos casos envolveram pessoas que trabalhavam para o governo ou tinham uma ligação direta e foram condenados com dureza para servir de exemplo para vazamentos futuros.

PRINCIPAIS CASOS PENDENTES

Thomas Drake: Um ex-alto funcionário da Agência de Segurança Nacional foi indiciado em abril por porte ilegal de informações classificadas. Ele está sendo julgado ainda por obstrução da investigação sobre vazamentos na agência de espionagem, por ter triturado parte dos documentos e por prestar declarações falsas.

A acusação disse que Drake era uma fonte-chave para uma série de artigos escritos por um repórter de jornal e que informação secreta de inteligência foi publicada. A acusação não disse, contudo, se a segurança nacional foi prejudicada e Drake não foi acusado pelo vazamento propriamente dito.

Ele se declarou inocente das acusações e o caso continua arquivado em Maryland.

Stephen Jin-Woo Kim: Um analista de política externa que trabalhava para o Departamento de Estado dos EUA. Ele foi indiciado em agosto, pelo vazamento de informações de inteligência para um repórter em 2009. Kim escrevia sobre as relações EUA-Coreia e passava informações para o então vice-presidente Dick Cheney.

Ele foi acusado de violar a lei que proíbe divulgação de informações de defesa nacional e também de mentir ao FBI sobre os seus contatos com o repórter. Ele se declarou inocente das acusações, que foram arquivados em Washington, DC.

Stewart Nozette: Um ex-cientista do governo que trabalhava no Departamento de Defesa e na NASA, ele foi indiciado por supostamente oferecer-se para dar informações secretas a pessoas que ele pensava trabalharam para o governo israelense --mas que, na verdade, eram agentes do FBI disfarçados.

Nozette foi indiciado por tentativa de espionagem, fornecer documentos secretos sobre estratégias de defesa dos EUA, sistemas de alerta e operações de satélites. Ele foi acusado de tentar conseguir cerca de US$ 2 milhões e um passaporte israelense para a sua assistência. Ele se declarou inocente das acusações, que foram arquivados em Washington, DC.

PROCESSOS CONCLUÍDOS

CUBA: Walter Kendall Myers, um funcionário aposentado do Departamento de Estado EUA, e sua mulher Gwendolyn, foram indiciados em 2009 por passar informação classificada a Cuba por anos.

Kendall Myers se tornou um analista sênior especializado em análise de inteligência sobre as questões europeias e com o seu nível de acesso conseguiu mais de 200 relatórios sobre Cuba. O casal usava escovas para passar as informações para Cuba. O marido se declarou culpado de conspirar para cometer espionagem e foi condenado à prisão perpétua. Sua mulher se declarou culpada de conspiração para obter e transmitir informação de defesa nacional e foi condenada a quase sete anos de prisão.

AIPAC: Dois ex-funcionários do lobby pró-israelense do grupo American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) foram acusados de conspirar com um ex-analista do Pentágono para fornecer informações de defesa para funcionários de governos estrangeiros, analistas políticos e mídia, em 2005. O Departamento de Justiça arquivou o processo contra os dois lobistas, Steve Rosen e Keith Weissman, no ano passado, depois de determinar que não poderia ganhar o caso e que as informações classificadas teriam de ser divulgadas para o caso seguir adiante.

O ex-analista do Pentágono, Lawrence Franklin, se declarou culpado de divulgação das informações para os dois e foi condenado a servir a mais de 12 anos de prisão. O juiz do caso ordenou que ele fosse libertado em maio de 2010.

 

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