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09/12/2010 - 19h03

EUA dizem acompanhar ciberataques contra inimigos do WikiLeaks

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, disse nesta quinta-feira que as autoridades americanas estão acompanhando os ciberataques contra as empresas consideradas inimigas do WikiLeaks, como as operadores de cartão de crédito Mastercard e Visa, que cancelaram o recebimento de doações ao site de vazamentos.

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"Estamos conscientes dos incidentes e nós estamos simplesmente acompanhando", disse Holder a repórteres, depois de uma reunião com autoridades da União Europeia sobre vários assuntos como terrorismo, segurança aérea, ciberssegurança e privacidade.

Holder condenou novamente o WikiLeaks e disse que a investigação do Departamento de Justiça sobre o vazamento dos mais de 250 mil documentos diplomáticos americanos continua. Ele recusou-se a dar mais detalhes.

Um grupo de hackers autointitulado Anônimo lançou uma ciberguerra em defesa do WikiLeaks, com ataques aos sites de empresas que suspenderam prestação de serviços ao WikiLeaks ou ao seu fundador, Julian Assange.

A lista de próximas vítimas incluem o site de pagamentos online PayPal e a gigante Amazon, que suspendeu serviço de servidor do WikiLeaks nos EUA.

A Operation PayBack (Operação Vingança, em tradução livre) envolve o "ataque distribuído de negação de serviço' --um método praticado por hackers para reduzir a velocidade de um site ou mesmo tirá-lo do ar. Conhecido como DDoS (um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service), o ataque é uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis através de sobrecarga.

Um computador mestre tem sob seu comando até milhares de outras máquinas, preparadas para acessar um site em uma mesma hora de uma mesma data. Como servidores web possuem um número limitado de usuários que pode atender simultaneamente, o grande e repentino número de requisições de acesso esgota o atendimento.

Em uma carta online, o Anônimo disse que seus militantes não eram nem justiceiros, nem terroristas. "O objetivo é simples: conquistar o direito de manter a internet livre de qualquer controle de qualquer entidade, empresa ou governo".

Algumas das motivações para a campanha cibernética parecem resultar da raiva com a prisão de Assange, suspeito de crimes sexuais alegadamente cometidos na Suécia. Ele está preso em Londres, à espera de uma audiência de extradição.

Na mesma conferência de imprensa, a secretário de Segurança Interna, Janet Napolitano, disse que o governo está coordenando "muito estreitamente" com o setor privado as questões cibernéticas.

Holder reconheceu que houve "conversas informais" sobre o WikiLeaks com líderes europeus, entre os quais estava a comissária de Política Interna da União Europeia (UE), Cecilia Malmström, e a comissária de Justiça do bloco, Viviane Reding. "A preocupação está na mente de todos nós", disse Holder.

 

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