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09/12/2010 - 23h24

Ativistas pró-WikiLeaks prometem mais ciberataques; Holanda prende jovem de 16 anos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ciberataques contra empresas consideradas "inimigas" do site WikiLeaks atraíram a atenção de autoridades americanas nesta quinta-feira e levaram a polícia holandesa a prender um garoto de 16 anos, suspeito de ataques aos sites das operadoras de cartão de crédito Visa e MasterCard.

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Um grupo de hackers autointitulado Anônimo lançou uma ciberguerra em defesa do WikiLeaks, com ataques aos sites de empresas que suspenderam prestação de serviços ao WikiLeaks ou ao seu fundador, Julian Assange.

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, disse que as autoridades americanas estão acompanhando os ciberataques. "Estamos cientes dos incidentes", disse.

Um adolescente foi preso nesta quinta-feira por uma unidade de crime tecnológico em Haia, após ter admitido ataques aos sites de duas empresas de cartão de crédito, Mastercard e Visa, informou o site da promotoria da Holanda.

Os dados do suspeito não foram divulgados, mas acredita-se que ele faça parte de um grupo maior de hackers sob investigação, informou a promotoria. Também foram confiscados computador e dados durante a prisão.

AMAZON

Até o momento, a campanha já conseguiu derrubar os sites da Visa e Mastercard, além da página do governo da Suécia.

O principal alvo nesta quinta-feira era a Amazon, mas os ativistas não conseguiram tirar o site do ar. "Não podemos atacar a Amazon, no momento. A previsão anterior era essa, mas não temos forças o bastante", disse uma mensagem no Twitter.

Os ativistas decidiram, então, atacar o PayPal, que suspendeu a conta usada pelo WikiLeaks para receber doações.

Na quarta-feira, os sites Facebook e Twitter suspenderam os perfis da Operation Payback (Operação Vingança, em tradução livre).

O Facebook disse hoje que removeu o perfil dos ativistas porque está promovendo um ataque de restrição de serviço --uma forma de congelar sites bombardeando-os com acessos, o que é ilegal em vários países.

Já o Twitter não quis comentar o cancelamento do perfil, e o grupo criou um novo disfarce.

OPERAÇÃO

A Operation PayBack (Operação Vingança, em tradução livre) envolve o 'ataque distribuído de negação de serviço" --um método praticado por hackers para reduzir a velocidade de um site ou mesmo tirá-lo do ar. Conhecido como DDoS (um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service), o ataque é uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis através de sobrecarga.

Um computador mestre tem sob seu comando até milhares de outras máquinas, preparadas para acessar um site em uma mesma hora de uma mesma data. Como servidores web possuem um número limitado de usuários que pode atender simultaneamente, o grande e repentino número de requisições de acesso esgota o atendimento.

Em uma carta online, o Anônimo disse que seus militantes não eram nem justiceiros, nem terroristas. 'O objetivo é simples: conquistar o direito de manter a internet livre de qualquer controle de qualquer entidade, empresa ou governo'.

Algumas das motivações para a campanha cibernética parecem resultar da raiva com a prisão de Assange, suspeito de crimes sexuais alegadamente cometidos na Suécia. Ele está preso em Londres, à espera de uma audiência de extradição.

INTERRUPÇÕES LIMITADAS

Em um comunicado nesta quinta-feira, a MasterCard disse que, apesar de uma interrupção limitada de alguns serviços on-line, os proprietários de cartão puderam continuar usando-os em transações ao redor do mundo. Os principais sistemas de processamento não foram comprometidos, segundo um comunicado da empresa.

Os manifestantes também assumiram responsabilidade por derrubar o site da Visa, que ficou temporariamente fora de serviço nos EUA, mas depois voltou a funcionar.

O jornal sueco Aftonbladet disse que o site do governo sueco ficou fora do ar por um pequeno período durante a noite, no último ataque aparente.

 

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