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10/12/2010 - 18h49

Ativistas pró-WikiLeaks atacam site holandês; EUA negam pressão a empresas

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DE SÃO PAULO
DA REUTERS, EM LONDRES

Os ciberativistas que estão atacando empresas "inimigas" ao WikiLeaks conseguiram bloquear temporariamente o site da Promotoria da Holanda nesta sexta-feira, após o país ter prendido um adolescente de 16 anos por suspeita de envolvimento nos ciberataques.

Os ativistas também tentaram derrubar o site da empresa de pagamento online Moneybrookers, mas negaram que tinham a intenção de criar um tumulto nos negócios ou prejudicar seriamente as compras online de Natal.

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Um grupo de hackers autointitulado Anônimo lançou uma ciberguerra em defesa do WikiLeaks, com ataques aos sites de empresas que suspenderam prestação de serviços ao WikiLeaks ou ao seu fundador, Julian Assange.

Várias empresas suspenderam os serviços aos WikiLeaks após o site começar a publicar documentos secretos da diplomacia americana, que causaram constrangimento internacional a Washington e seus aliados.

Autoridades americanas negam terem pressionado as empresas a pararem de trabalhar com o WikiLeaks.

"Nós não pressionamos ninguém a fazer nada", disse o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, em San Francisco, onde participava de uma conferência sobre fraude financeira.

Holder disse que as autoridades estão cientes dos ataques e avaliando-os, apontando para uma seção de cibercrimes do Departamento de Justiça que pode "rastrear" onde os ataques começaram.

ADOLESCENTE PRESO

"Estamos investigando isso com autoridades internacionais e estamos trabalhando junto com o FBI [polícia federal americana]", disse o porta-voz da promotoria holandesa, Wim de Bruin.

Um juiz de Roterdã ordenou que o rapaz, preso em Haia na quinta-feira, passe 13 dias sob custódia enquanto as investigações continuam, informou o serviço de promotoria.

A pena máxima na Holanda para esse tipo de ataque é de seis anos de prisão, disse De Bruin.

O suspeito, cuja identidade não foi revelada, confirmou ter participado dos ataques aos sites da MasterCard e Visa.

MONEYBOOKERS E AMAZON

O ataque à Moneybookers congelou o site por cerca de dois minutos.

Os ativistas alegaram ter escolhido a empresa porque ela informou ao WikiLeaks em agosto que tinha fechado a conta do site.

Eles prometeram continuar com os ciberataques, e falaram em alvos como MasterCard e Interpol, a polícia internacional.

A Amazon decidiu parar de hospedar o WikiLeaks na semana passada, e na quinta-feira seu site tornou-se o principal alvo dos ativistas pró-WikiLeaks --antes de eles admitirem que o alvo era grande demais para eles, por enquanto.

Um comunicado divulgado pelos ativistas afirma que o ataque a Amazon não deu certo não só pela falta de "poder" dos ativistas, mas porque eles acharam que "atacar um importante site varejistas quando as pessoas estão comprando para seus entes queridos seria de mau gosto".

O comunicado se seguiu a outro do próprio WikiLeaks, que disse não ter ligações com os ciberataques, e não apoiar nem condená-los. O comunicado cita o porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hranfnsson, dizendo que os ataques são "um reflexo da opinião pública sobre os atos dos alvos".

ATAQUE

As ações dos ativistas envolvem um "ataque distribuído de negação de serviço" --um método praticado por hackers para reduzir a velocidade de um site ou mesmo tirá-lo do ar. Conhecido como DDoS (um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service), o ataque é uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis através de sobrecarga.

Um computador mestre tem sob seu comando até milhares de outras máquinas, preparadas para acessar um site em uma mesma hora de uma mesma data. Como servidores web possuem um número limitado de usuários que pode atender simultaneamente, o grande e repentino número de requisições de acesso esgota o atendimento.

 

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