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13/12/2010 - 20h22

Coreia do Norte pediu aos EUA que negociassem show do Eric Clapton, revela WikiLeaks

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DE SÃO PAULO

O recluso regime comunista da Coreia do Norte pediu aos Estados Unidos que negociassem um show do músico britânico Eric Clapton em Pyongyang, alegando que poderia ajudar a persuadir o ditador Kim Jong-il a permitir ajuda humanitária no país, revela documento diplomático americano divulgado pelo site WikiLeaks.

O telegrama, publicado pelo jornal britânico "The Guardian", é datado de 22 de maio de 2007 e assinado pelo embaixador dos EUA em Seul, na Coreia do Sul. Segundo o embaixador, as autoridades norte-coreanas sugeriram que o show poderia ser útil nas negociações com o regime comunista, já que o segundo filho de Kim, Kim Jong-chol, era "um grande fã" do músico.

"Uma performance poderia ser a oportunidade construir boa vontade", diz o documento. "Conseguir um show de Eric Clapton em Pyongyang poderia ser útil, dada a devoção do segundo filho de Kim Jong-il à lenda do rock".

O plano teria que vencer, contudo, as estritas regras do governo norte-coreano, que proíbe rock e pop por causa das influências ocidentais.

Em 2008, afirma o "Guardian", foram divulgadas notícias de que Clapton "em princípio" concordou em fazer um show na Coreia do Norte, em 2009. Mais tarde, contudo, o músico negou ter concordado com o show. Em comunicado, sua porta-voz afirmou que "ele recebe muitas ofertas para shows ao redor do mundo" e "não há acordo nenhum para ele tocar na Coreia do Norte".

A música já foi utilizada para tentar quebrar o gelo diplomático com o recluso regime. A Filarmônica de Nova York visitou Pyongyang em 2008 para participar de um concerto no país, tido como a maior presença americana no Estado desde a Guerra das Coreias. As autoridades norte-coreanas, conta o jornal britânico, chegou a tirar os cartazes contra os EUA para receber, por 48 horas, a comitiva de quase 300 pessoas.

Na época, a secretária de Estado americana Condoleezza Rice comemorou a vista, embora tenha alertado que não causaria grandes mudanças na visão do regime.

 

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