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Chefe de cartel La Familia pede que membros "continuem a luta" no México
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DA ANSA, NA CIDADE DO MÉXICO
DE SÃO PAULO
O cartel de drogas mexicano La Familia Michoacana fez um chamado para que seus seguidores não abandonem as armas e continuem "lutando até a vitória", mesmo após a morte, na semana passada, de Nazario Moreno González --principal líder do grupo.
Em uma mensagem de áudio divulgada nesta quarta-feira pela rede televisiva Televisa, um dos chefes do cartel Servando Gómez, pediu aos membros da organização que se movam "de um lado para outro" para não serem "fáceis de localizar".
"Estejam atentos com as armas, tenham-nas ao lado, não as deixem [sozinhas], conversem com todos os companheiros, coma todos os encarregados da área para que não falte nada, nem alimentos, nem nada", instruiu Gómez, aparentemente por um aparelho de rádio.
O chefe do La Familia Michoacana, que também é professor de educação básica, estimulou os membros do grupo criminoso a realizarem marchas como a do último fim de semana --à qual se uniram inclusive crianças com cartazes em homenagem a Moreno.
Também conhecido como "El Chayo" ou "El Doctor", Moreno era um criminoso com certo carisma e costumava justificar suas ações com frases da Bíblia. Ele chegou a abrir clínicas para tratar de dependentes de drogas, que depois eram recrutados para o cartel.
Ele foi morto em 9 de dezembro passado, em uma operação das forças federais na cidade de Apatzingán, no Estado de Michoacán, na qual também foram mortos cinco policiais federais, três civis e três supostos traficantes.
"Deus o tenha em sua Santa Glória", disse Gómez, que pediu aos demais membros do cartel que "incitem as pessoas". "Convidemos todo mundo, nossos primos, nossos irmãos, nossos sobrinhos", acrescentou.
O Estado de Michoacán, banhado pelo oceano Pacífico, é considerado o centro de operações do grupo La Familia Michoacana, cartel considerado pelas autoridades com o principal responsável pelo tráfico de metanfetaminas e por diversos ataques contra a Polícia Federal.
Cerca de 33 mil pessoas foram mortas desde que o presidente mexicano, Felipe Calderon, lançou sua campanha militar contra os cartéis de drogas em 2006, quando assumiu a Presidência.
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