Irã enforca 11 rebeldes sunitas condenados por atentados

Onze membros do grupo rebelde sunita Jundallah foram enforcados nesta segunda-feira em Zahedan, no Irã. Eles foram condenados por participação em vários ataques a bomba contra xiitas reivindicados pelo grupo.

"Esta manhã, 11 membros do grupo terrorista que participaram em atos terrorista na província [de Sistão-Baluchistão] e também em confrontos com as forças de segurança, que mataram inocentes, foram enforcados na penitenciária de Zahedan", afirmou Ebrahim Hamidi, chefe de Justiça da província.

"Todas estas pessoas foram condenadas à morte como corruptores na Terra e por guerra contra Deus ao lutar contra o regime sagrado da República Islâmica", completou.

A agência de notícias Irna identificou os 11 homens por seus nomes completos. Suas famílias afirmaram que eles eram membros da minoria sunita.

Hamidi disse que os 11 passaram por um julgamento aberto e justo. Ele os acusou de envolvimento em ataques, nos últimos anos, que mataram 15 policiais e 12 membros da Guarda Revolucionária. Eles foram acusados ainda de dar armas e refúgio para terroristas, além de tráfico de armas e sequestros.

O Jundallah, que significa soldados de Deus, reivindicou vários atentados nos últimos dez anos. O último deles ocorreu na quarta-feira passada (15), em Chabahar, quando dois ataques suicidas deixaram ao menos 35 mortos.

Há anos, o grupo protagoniza uma guerra na remota província de Sistão-Baluchistão, uma área sem leis na fronteira com o Paquistão. O grupo diz combater pelos direitos da minoria baluchi, que sofre discriminação, afirma, nas mãos da liderança xiita iraniana.

Os EUA decretaram a Jundallah uma organização terrorista no começo deste ano.