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Funcionário ferido em Embaixada do Chile em Roma está fora de perigo
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DA ANSA, EM ROMA E SANTIAGO DO CHILE
Um pacote-bomba explodiu na Embaixada do Chile em Roma, no segundo ataque a uma sede diplomática ocorrido nesta quinta-feira na cidade, e feriu um funcionário, cujo nome é César Mella e "está em boas condições", afirmaram altos funcionários da diplomacia chilena.
O nome do funcionário foi revelado pelo chanceler do Chile, Alfredo Moreno, que disse que o homem ficou com feridas leves em todo o corpo e "chegou com seus próprios meios ao hospital de Roma".
Segundo Moreno, o pacote-bomba estava "dirigido a uma associação cultural". "Nossa maior preocupação é a saúde do nosso empregado", atestou o ministro chileno das Relações Exteriores.
O embaixador de Santiago do Chile em Roma, Oscar Godoy, declarou também que Mella "não tem nenhum perigo de vida". "A explosão causou pequenas feridas no rosto e na barriga. O mais grave que [ele] tem é a ferida na mão com a qual abriu a carta. O funcionário encarregado de abrir a correspondência foi o que sofreu os efeitos da carta-bomba", disse Godoy.
Segundo o embaixador, "a carta não tinha nenhuma identificação, aparentemente", em declarações à rede televisiva CNN Chile, de Roma. Ele contou que a detonação ocorreu após "termos hoje uma pequena reunião de todos os funcionários da Embaixada para distribuir alguns presentes e celebrar o Natal e o fim de ano".
Por sua vez, o representante diplomático da Itália no Chile, Vincenzo Palladino, expressou "forte solidariedade pelo que ocorreu na embaixada chilena em Roma e um firme rechaço por estes feitos graves", em referência à explosão.
Ele disse à Ansa que está em contato permanente com o governo chileno para monitorar a situação, e assegurou ao diretor de cerimonial e protocolo da Embaixada dos Estados Unidos, James Sinclair, que as autoridades italianas de investigação e a polícia "estão fazendo o possível para esclarecer a origem do pacote".
PACOTES-BOMBA
A detonação de um pacote-bomba na sede diplomática chilena na Itália foi a segunda que ocorreu hoje em uma sede diplomática em Roma. A primeira foi registrada na Embaixada da Suíça e feriu gravemente o funcionário que abriu o embrulho.
Momentos depois, uma outra carta suspeita foi encontrada na sede diplomática da Ucrânia. Porém, segundo um funcionário da assessoria de imprensa da Embaixada à ANSA, o envelope era apenas um cartão-postal e não continha nenhum detonador.
A polícia italiana foi mobilizada e está realizando uma inspeção em todas as embaixadas de Roma, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores do país.
O chanceler Franco Frattini avisou que as sedes diplomáticas da Itália em todo o mundo devem ficar atentas, mas pediu para "evitar alarmismo" com relação aos atentados, cuja origem "é absolutamente prematuro" saber. A imprensa italiana tem levantado a hipótese de grupos anarquistas podem estar por trás dos atentados registrados hoje.
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