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Inteligência do Chile alertou sobre risco de atentado a Embaixada em agosto
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DA ANSA, EM SANTIAGO DO CHILE
A Agência Nacional de Inteligência (ANI) do Chile havia alertado sobre a possibilidade de atentados na América Latina e na Europa, principalmente em Paris, Roma e Haia, informaram fontes do governo de Santiago do Chile. Nesta quinta-feira, a embaixada do país em Roma, na Itália, foi alvo de um ataque com pacote-bomba que deixou um funcionário ferido.
"Em agosto passado, antes do ataque frustrado à sede diplomática na Grécia, a Agência de Inteligência advertiu de possíveis atentados", afirmou a fonte, citada pelo jornal chileno "La Tercera".
De acordo com o funcionário do governo, a ANI teria informado a Chancelaria chilena de que poderiam ocorrer atentados na Itália, Alemanha, Espanha, Grécia e Bélgica, além de Argentina e México. A fonte acrescentou que "uma equipe da chancelaria tinha viajado para revistar as condições de segurança de várias embaixadas".
A preocupação surgiu após a diplomacia chilena receber ameaças de ataques no Consulado e na Embaixada do país no México, como forma de pressão para libertar 14 anarquistas chilenos presos.
A ANI já solicitou informações do atentado para o Serviço de Inteligência e Segurança Democrática (Sisde), o serviço secreto italiano.
Ontem, uma carta-bomba explodiu na sede diplomática do Chile na Itália ao ser aberta pelo funcionário César Mella, que ficou com feridas nas mãos e teve que ter dois dedos amputados.
O atentado foi reivindicado pela Federação Anarquista Informal (FAI), grupo supostamente vinculado a outros atentados ocorridos desde 2003, quando duas bombas explodiram na casa do então premiê italiano, Romano Prodi, em Bolonha, que na época também era presidente da Comissão Europeia.
No bilhete encontrado na cena da explosão na sede diplomática do Chile, também foi encontrada a identificação da Célula Revolucionária Lambros Fountas, cujo nome homenageia um anarquista grego morto em um confronto ocorrido em Atenas em março deste ano.
O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, afirmou antes da confirmação da identidade dos responsáveis que o grupo suspeito teria relações com o envio de pacotes-bomba enviados no mês passado para sedes governamentais na Europa e embaixadas na Grécia.
"Estes grupos são muito violentos. Eles estão presentes na Espanha e na Grécia, assim como na Itália, e estão proximamente relacionados", afirmou Maroni.
Em 2 de novembro, uma encomenda foi entregue na representação diplomática chilena em Atenas, mas foi rejeitado, uma vez que no dia anterior a Chancelaria grega havia sido informada da detenção de dois anarquistas e da possibilidade de que a embaixada fosse alvo de um atentado. A polícia grega neutralizou a carta-bomba, que estava endereçada à embaixadora Carmen Ibáñez.
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