Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/12/2010 - 18h14

Emirados Árabes considerararam omitir assassinato de líder do Hamas, revela WikiLeaks

Publicidade

DE SÃO PAULO
DA REUTERS, EM DUBAI

Os Emirados Árabes Unidos decidiram divulgar detalhes do assassinato de um líder do Hamas em Dubai quase um ano atrás, após decidir que o silêncio seria visto como um alinhamento com Israel. A informação aparece em telegramas diplomáticos americanos, divulgados pelo WikiLeaks.

Veja como funciona o WikiLeaks
Veja as principais revelações do WikiLeaks
Leia íntegra dos arquivos do WikiLeaks obtidos pela Folha

Mahmoud al Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi assassinado em um quarto de hotel em janeiro por um grupo usando passaportes falsos e disfarces. A polícia dos Emirados considera que o crime muito provavelmente foi cometido pela agência de inteligência israelense, o Mossad.

"As duas opções discutidas foram não dizer nada, ou revelar mais ou menos todo o conteúdo das investigações dos Emirados Árabes Unidos", escreveu o embaixador americano Richard Olson, em um telegrama diplomático, citando uma conversa com um consultor de mídia do governo local.

Não dizer nada "teria sido percebido como proteger os israelenses", escreveu o embaixador.

Os telegramas divulgados no site WikiLeaks mostram que o assunto foi discutido por nove dias pelos níveis mais altos, antes de ser divulgado ao público.

"O comunicado foi cuidadosamente escrito para não apontar culpados, mas a referência... a um grupo com passaportes ocidentais vai ser lida localmente como referindo-se ao Mossad", escreveu Olson.

Autoridades de Dubai não foram encontradas imediatamente para comentar os telegramas.

Israel não confirmou nem negou a responsabilidade pelos assassinatos.

Quando Dubai divulgou detalhes do caso, junto com imagens das câmeras de segurança e dos passaportes, teve um impasse diplomático já que muitos dos suspeitos pelo assassinato viajavam com passaportes europeus falsos.

Austrália, Reino Unido e Irlanda ordenaram a expulsão de diplomatas de Israel após a descoberta da falsificação de passaportes.

O Wikileaks é um site conhecido por divulgar documentos sigilosos. Embora no ar há alguns anos, ele ganhou destaque internacional neste ano, ao levar a público 77 mil documentos da inteligência americana sobre o Iraque e, nas últimas semanas, mais de 250 mil telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA com os bastidores da diplomacia americana.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página