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Emirados Árabes considerararam omitir assassinato de líder do Hamas, revela WikiLeaks
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DE SÃO PAULO
DA REUTERS, EM DUBAI
Os Emirados Árabes Unidos decidiram divulgar detalhes do assassinato de um líder do Hamas em Dubai quase um ano atrás, após decidir que o silêncio seria visto como um alinhamento com Israel. A informação aparece em telegramas diplomáticos americanos, divulgados pelo WikiLeaks.
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Mahmoud al Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi assassinado em um quarto de hotel em janeiro por um grupo usando passaportes falsos e disfarces. A polícia dos Emirados considera que o crime muito provavelmente foi cometido pela agência de inteligência israelense, o Mossad.
"As duas opções discutidas foram não dizer nada, ou revelar mais ou menos todo o conteúdo das investigações dos Emirados Árabes Unidos", escreveu o embaixador americano Richard Olson, em um telegrama diplomático, citando uma conversa com um consultor de mídia do governo local.
Não dizer nada "teria sido percebido como proteger os israelenses", escreveu o embaixador.
Os telegramas divulgados no site WikiLeaks mostram que o assunto foi discutido por nove dias pelos níveis mais altos, antes de ser divulgado ao público.
"O comunicado foi cuidadosamente escrito para não apontar culpados, mas a referência... a um grupo com passaportes ocidentais vai ser lida localmente como referindo-se ao Mossad", escreveu Olson.
Autoridades de Dubai não foram encontradas imediatamente para comentar os telegramas.
Israel não confirmou nem negou a responsabilidade pelos assassinatos.
Quando Dubai divulgou detalhes do caso, junto com imagens das câmeras de segurança e dos passaportes, teve um impasse diplomático já que muitos dos suspeitos pelo assassinato viajavam com passaportes europeus falsos.
Austrália, Reino Unido e Irlanda ordenaram a expulsão de diplomatas de Israel após a descoberta da falsificação de passaportes.
O Wikileaks é um site conhecido por divulgar documentos sigilosos. Embora no ar há alguns anos, ele ganhou destaque internacional neste ano, ao levar a público 77 mil documentos da inteligência americana sobre o Iraque e, nas últimas semanas, mais de 250 mil telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA com os bastidores da diplomacia americana.
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