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30/12/2010 - 02h38

"Parecia natural pensar que alguns não voltariam", relata repórter sobre Guerra do Iraque

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DE SÃO PAULO

Em meio à sua "guerra ao terror" e alegando que o Iraque produzia armas de destruição em massa que poderiam cair nas mãos de extremistas, o então presidente dos EUA, George W. Bush, lançou uma ofensiva ao país do Oriente Médio.

Bush enfrentou forte oposição de alguns de seus aliados mais tradicionais, como França, e também de potências emergentes, como a China e o próprio Brasil. No final, mesmo sem o aval da ONU, decidiu iniciar a invasão com apoio, principalmente, do Reino Unido.

Jerome Delay-21.mar.2003/AP
Prédio do governo queima durante bombardeio das forças americanas na invasão ao Iraque; guerra durou sete anos
Prédio do governo queima durante bombardeio das forças americanas na invasão ao Iraque; guerra durou sete anos

O motivo alegado para a guerra provou-se infundado, e o Iraque mostrou-se um desafio maior do que muitos imaginavam.

Conflitos sectários e a ação de insurgentes deixaram até agora mais de 4.400 militares americanos mortos. Entre vítimas civis, a cifra supera 100 mil.

Apenas em julho passado, os EUA encerraram suas operações de combate no país. Os soldados que por lá ficaram se concentram em trabalhos de logística e apoio às forças iraquianas.

LÓGICA DA GUERRA

"Ao sairmos do Brasil rumo ao Iraque, na noite daquele domingo 16 de março de 2003, havia cerca de 2.000 jornalistas do mundo inteiro em Bagdá. Quando chegamos à capital iraquiana, no dia 19, sobravam pouco mais de 10% do total, reagrupados pela ditadura de Saddam Hussein no hotel Palestine", lembra Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha de S. Paulo.

"Ali seria o nosso lar, meu e do repórter fotográfico Juca Varella, os dois únicos brasileiros a cobrir a invasão a partir de Bagdá. Nas semanas seguintes, mais de 15 colegas de profissão seriam mortos, por fogo "amigo", "inimigo" ou em acidentes. Com o passar do tempo, parecia natural pensar que alguns de nós não voltariam. Era a lógica da guerra".

 

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