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"Lembro de rir ao ver Cafú quebrar o protocolo", diz repórter que cobriu Penta
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DE SÃO PAULO
O Brasil conquistou o quinto título mundial de futebol ao vencer a Alemanha por 2 a 0, em Yokohama, na final da Copa da Coreia do Sul e do Japão em 30 de junho de 2002. Autor dos dois gols da partida, Ronaldo terminou a competição com oito, isolado na artilharia.
Somado aos de 58, 62, 70 e 94, o título consolidou a hegemonia do país no esporte. A conquista marcou a volta por cima de uma seleção que chegou ao torneio desacreditada depois de perder a final de 98 para a França e ter sérias dificuldades para se classificar nas eliminatórias.
Kevork Djansezian-30jun.02/AP |
Capitão Cafu ergue a taça após o Brasil conquistar o pentacampeonato, em Yokohoma (Japão) |
O time de Luiz Felipe Scolari foi o primeiro com sete vitórias num Mundial e o único desde o Brasil de 70 com 100% de aproveitamento.
O título também foi um triunfo pessoal de Ronaldo. Após ser responsabilizado pela derrota em 98 e sofrer com seguidas contusões, tornou-se o artilheiro com maior número de gols numa Copa desde 1970 e se igualou a Pelé, com 12 gols pela seleção em Mundiais.
Substituído por Denílson pouco depois do segundo gol, Ronaldo começou a chorar antes mesmo do apito final. A taça foi erguida pelo lateral Cafu, primeiro jogador a disputar três finais seguidas.
CARNAVAL NIPÔNICO
Repórter Fabio Victor relembra a emoção de acompanhar do alto, na tribuna da imprensa, a vitória brasileira que garantiu o pentacampeonato. Leia seu relato;
"Eu lembro de, no carro a caminho de Yokohama, no dia da final, Tostão nos contar dos cochilos que Pelé dava no vestiário antes de jogos decisivos. Lembro de umas fantasias azuis, um absurdo carnaval nipônico, na entrada do estádio.
Dos lampejos de Ronaldo e Rivaldo que garantiram o título, do frango de Khan (sim, e lembro da revolta ao saber que ele, Khan, tinha sido escolhido o melhor da Copa --eu tinha votado em Rivaldo naquele dia).
Lembro de nós, lá de cima, da tribuna de imprensa, rindo ao ver Cafu lá embaixo quebrar o protocolo.
E do abraço apressado com Tostão e os colegas repórteres, as mãos espalmadas em alusão ao penta, antes de descermos avoados para a entrevista --que seria boicotada pelos campeões, irados com a imprensa "que não acreditava"."
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