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Abbas inaugura pedra fundamental da embaixada palestina no Brasil, primeira na América
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, inaugurou nesta sexta-feira a pedra fundamental da embaixada palestina em Brasília, que será construída em um terreno de 15 mil metros quadrados doado pelo governo brasileiro.
Entrevista: No Brasil, Abbas pede tropas para proteger futuro Estado
Durante a cerimônia, o próprio Abbas libertou várias pombas brancas como símbolo da paz, e uma delas pousou sobre sua cabeça durante alguns segundos, o que foi considerado como um "bom sinal" pelo dirigente palestino.
Adriano Machado/AFP | ||
Pomba pousa na cabeça de Abbas durante lançamento da pedra fundamental de embaixada no Brasil |
O ato, realizado no terreno onde será construída a sede da embaixada, contou com a presença de diplomatas de diversos países.
Sob a pedra fundamental do futuro edifício, Abbas enterrou uma nota assinada pelos presentes, na qual estava escrita em árabe a frase "Palestina, nosso lar".
Após a cerimônia, Abbas foi ao Palácio do Planalto, onde teve um breve encontro com Lula, para reiterar seu agradecimento ao apoio que os palestinos receberam do Brasil nos últimos anos.
Além da inauguração, Abbas viajou para o Brasil para assistir à cerimônia de posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, que receberá no sábado o cargo das mãos de Luiz Inácio Lula da Silva.
RECONHECIMENTO
Ainda no ato, o presidente da ANP agradeceu o apoio à "causa palestina" especialmente a Lula.
"O reconhecimento do Brasil de um Estado palestino nas fronteiras de 1967 é um passo gigante rumo a nossa independência", disse Abbas, que reafirmou que a solução do conflito com Israel deve ser "pela via da negociação".
O Brasil foi o primeiro país sul-americano a reconhecer o Estado palestino com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Depois, Argentina, Uruguai, Bolívia e Equador fizeram o mesmo. Chile, México, Peru e Nicarágua podem também estar considerando o reconhecimento.
Israel diz que a medida é "seriamente prejudicial" ao processo de paz no Oriente Médio, e Washington a classificou de "prematura".
As autoridades palestinas esperam um efeito diplomático dominó para dar validade internacional à sua demanda por um Estado em toda a Cisjordânia e na faixa de Gaza, territórios tomados por Israel, junto com o leste de Jerusalém, na guerra de 1967.
NEGOCIAÇÕES
Negociações de paz diretas retomadas por Washington em setembro, depois de um ano suspensas, ruíram em semanas. A iniciativa americana para manter o processo vivo está num limbo.
Os palestinos rejeitam negociações com os israelenses enquanto não se cessarem os assentamentos judaicos na Cisjordânia. Os palestinos também cobram que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declare quais as fronteiras que ele vislumbra acordar.
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