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Após morte de 14, tunisianos voltam às ruas em protesto antigoverno
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DA REUTERS, EM TUNIS
Os tunisianos voltaram às ruas nesta segunda-feira para protestar contra o governo em um dia, até o momento, de protestos pacíficos. Na véspera, confrontos entre policiais e manifestantes deixaram ao menos 14 civis mortos.
As mortes marcaram o mais violento dia de protestos que duram quase um mês. Os manifestantes dizem estar revoltados com a falta de empregos para os jovens e o que eles percebem como reação exagerada da polícia na tentativa de controlar os protestos.
As autoridades, por sua vez, dizem que os distúrbios foram o trabalho de uma minoria de extremistas violentos no país onde o governista Marcha pela Constituição e Democracia, do presidente Zine Al Abidine, domina o cenário político.
Khalil-9.jan.2011/AFP | ||
Forças de segurança tunisianas entram em confronto com manifestantes no domingo; novo dia de protestos no país |
Eles afirmam ainda que a polícia apenas atirou em defesa própria, quando foi atacada por manifestantes violentos, que ignoraram os disparos de alerta.
Em Rgeb, cidade que viu os piores protestos, começaram cedo nesta segunda-feira. O funeral das vítimas da violência da véspera rapidamente se transformou em um protesto barulhento.
Na capital Tunis, geralmente mais tranquila, os alunos encenaram uma outra passeata para denunciar a violência policial. As lojas, contudo, permanecem abertas e não há reforço visível na segurança.
No mais agitadas cidades de Thalia, Gassrine, Seliana, Rgeb e Meknassi, caminhões do Exército foram enviados para reforçar a segurança, disseram moradores.
O ministro das Comunicações da Tunísia, Samir Labidi, disse ao canal de televisão Al Jazeera que o Exército foi enviado para proteger prédios do governo e que não confrontaria os manifestantes.
O jornal "Asssabah" afirma que o presidente daria um discurso transmitido pela televisão nesta segunda-feira. Ele já alertou que os violentos protestos eram inaceitáveis e ferem os interesses nacionais.
Labidi, nomeado em uma reforma após o início dos protestos, disse neste domingo que o governo estava pronto para um diálogo com os jovens, o mais forte sinal até agora de que as autoridades podem estar prontas para algumas concessões.
O presidente Ben Ali está no poder há mais de duas décadas e foi reeleito há dois anos com quase 90% dos votos. Ele é o segundo presidente da Tunísia, ex-colônia francesa que obteve a independência em 1956.
Os Estados Unidos expressaram preocupação com a reação do governo aos protestos.
O país de cerca de 10 milhões de habitantes já foi elogiado por aliados do Ocidente como um modelo de estabilidade no mundo árabe, apesar de alguns grupos de direitos internacionais o acusarem de sufocar a dissidência.
A Tunísia tenta ganhar status de principal parceiro comercial da União Europeia, o que implica um respeito mais escrupuloso das liberdades civis.
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