Irã desmente jornal e nega ter detido espiã americana na fronteira

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, negou nesta terça-feira a captura de uma espião americana na fronteira com a Armênia, uma história cheia de reviravoltas.

"Desde o começo, esta americana não estava no Irã", disse Mehmanparast. "As informações publicadas [sobre sua prisão] não eram importantes nem significativas, por isso não houve uma reação oficial. O problema foi solucionado pelos próprios guardas de fronteira", indicou.

Na quinta-feira passada (6), o jornal "Irã" disse que uma mulher americana de 55 anos identificada como Hall Talayan havia sido presa tentando cruzar a fronteira sem um visto, notícia de depois a TV Al Alam disse que era falsa. Dois dias depois, a agência de notícias Fars afirmou que a mulher foi presa, mas a identificou com 34 anos.

Já autoridades armênias consultadas pela agência de notícias France Presse disseram na sexta-feira que nenhuma americana de nome Hall Talayan entrou no país e, portanto, não poderia ter sido presa na fronteira com o Irã.

O governo iraniano já deteve outros três americanos, em julho de 2009, por entrarem ilegalmente no seu território pela fronteira com o Iraque. O Irã alega que eles são espiões. Os jovens --Sarah Shourd, Shane Bauer e Josh Fattal-- dizem que faziam uma caminhada pelas montanhas da região e entraram acidentalmente no país.

O Irã libertou em setembro Shourd, depois do pagamento de uma fiança de quase US$ 500 mil. Os outros dois americanos continuam presos em Teerã, aguardando julgamento que pode ocorrer em fevereiro.