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Rússia diz que poloneses ignoraram alerta em queda de avião que matou presidente
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DA FRANCE PRESSE
A Rússia divulgou nesta quarta-feira o relatório de sua investigação sobre o acidente aéreo que matou o presidente polonês Lech Kaczynski, a primeira-dama e outras 94 autoridades, em abril passado. Os investigadores afirmam que altos dirigentes polonoses ignorando as advertências das autoridades aéreas russas e pressionaram os tripulantes do avião presidencial para que pousassem em meio à neblina.
Os russos afirmam ainda que o chefe da Força Aérea, também presente no avião, tinha álcool no sangue.
Paul Hanna--14jul.07/Reuters |
O presidente da Polônia Lech Kaczynski, morto em acidente de avião ocorrido em 10 de abril de 2009, na Rússia |
O irmão gêmeo do presidente, Jaroslaw Kaczynski, chefe da oposição conservadora polonesa, chamou o relatório de "piada". Os poloneses sempre negaram a hipótese de que o presidente teria pressionado os pilotos a pousar o Tupolev 154, já que não queria perder a cerimônia no cemitério de Katyn, onde em 1940 foram assassinados 20 mil oficiais poloneses por ordem de Stalin.
O relatório russo, contudo, é direto em dizer que "a presença no cockpit de altos dirigentes --o chefe da Força Aérea e o chefe do protocolo-- (...) constituíram uma pressão psicológica sobre a tripulação, influindo em sua decisão de proceder a uma aterrissagem em condições desapropriadas".
Tatiana Anodina, chefe do Comitê intergovernamental de Aviação (MAK), afirmou em entrevista coletiva que foi detectado 0,6 mg/l de álcool no sangue do chefe da Força Aérea polonesa, o general Andrzej Blasik, considerado suficiente para atrapalhar o raciocínio.
O relatório afirma ainda que a preparação dos pilotos do avião do presidente era insuficiente.
O Tupolev 154 que levava o presidente Lech Kaczynski, sua mulher Maria Kaczynska e outras altas autoridades polonesas caiu em 10 de abril de 2009, ao tentar pousar em meio a uma espessa neblina em Smolensk, oeste da Rússia. Todos seus ocupantes morreram.
O presidente polonês devia assistir às cerimônias pelo 70ª aniversário da matança de 22.000 oficiais poloneses prisioneiros do Exército russo pela polícia secreta soviética durante a Segunda Guerra (1939-1945) em Katyn, perto de Smolensk.
PIADA
Jaroslaw Kaczynski, que já chegou a duvidar que o corpo no caixão seja de seu irmão gêmeo, chamou o relatório de piada.
"Esta é a consequência por deixar a investigação nas mãos dos russos. O relatório responsabiliza os pilotos e a Polônia, de maneira unilateral e sem provas. Muitas perguntas ainda precisam ser respondidas", afirmou a jornalistas.
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