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Após protestos, presidente da Tunísia descarta concorrer à reeleição em 2014
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DE SÃO PAULO
O presidente da Tunísia, Zine El Abdine Ben Ali, afirmou nesta quinta-feira que não pretende tentar a reeleição em 2014.
Em discurso, Ben Ali pediu o fim dos tiros disparados contra manifestantes, prometendo "total" liberdade de informação no país.
Na última quarta-feira (12), policiais e manifestantes entraram em confronto no centro de Túnis, capital da Tunísia.
Os violentos protestos contra o desemprego e a corrupção representam o desafio mais sério já enfrentado pelo presidente que governa há duas décadas uma ditadura com mão de ferro.
No discurso, Ben Ali pediu para o povo tunisiano "andar de mãos dadas".
"Cada dia da minha vida é dedicado à defesa e ao bem da nação", afirmou.
Na noite desta quarta-feira, centenas de jovens ignoraram o toque de recolher imposto pelo governo e fizeram manifestações em alguns bairros ao norte da capital e em vários distritos operários dos arredores.
Segundo a presidente da FIDH (Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos), Souhayr Belhassen, há uma lista com nome e sobrenome de 58 pessoas que morreram desde o início dos distúrbios na capital, aos quais se somam os oito mortos na noite de quarta.
Apesar disso, o governo confirma apenas 23 mortos desde que as manifestações começaram, em dezembro.
Com agências de notícias
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