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Iêmen condena à prisão clérigo radical ligado a ataques nos EUA
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Justiça do Iêmen sentenciou nesta segunda-feira o clérigo radical americano-iemenita Anwar al Awlaqi à revelia a dez anos de prisão. Ele foi condenado por coagir Hisham Assem, suposto agente da rede terrorista Al Qaeda, a matar um francês que trabalhava no país. Assem foi condenado à pena de morte.
A sentença do tribunal condena Awlaqi por "pertencer a um grupo armado", "ação em grupo terrorista" e "incitação ao assassinato de estrangeiros".
O nome de Awlaqi está envolvido em vários atentados e tentativas de atentados contra os Estados Unidos, como o nigeriano que tentou se explodir em um avião que sobrevoava Detroit, na noite de Natal de 2009, e com o major que matou ao menos 13 na base militar Fort Hood (Texas).
Yahya Arhab /Efe | ||
Hisham Assem assiste a seu julgamento pelo assassinato do francês Jacques Spagnolo |
Esta é a primeira ação legal do Iêmen contra Awlaki. Washington tem pressionado Sanaa a perseguir e capturar o clérigo, que advoga em seus sermões pela guerra santa contra os EUA.
Os EUA incluíram Awlaqi, que estaria refugiado em uma zona tribal do Iêmen, em sua lista de alvos a serem eliminados.
Outro membro de sua família, também julgado à revelia, Othman Awlaqi, foi condenado pelas mesmas acusações a oito anos de prisão.
Já Assem foi declarado culpado pelo assassinato de Jacques Spagnolo, funcionário terceirizado da empresa francesa Spie para o grupo energético austríaco OMV, morto na sede da companhia perto de Sanaa, no dia 6 de outubro de 2010. Assem também feriu a tiros um escocês, responsável pela segurança da empresa na sede da OMV.
Segundo o tribunal, o assassinato de Spagnolo foi perpetrado "sob a orientação de Anwar e Othman Awlaqi".
O suposto agente da Al Qaeda disse no tribunal que apelará da sentença.
INFLUÊNCIA
Awlaki nasceu no Estado americano do Novo México e cresceu alternando estadias nos EUA e no Iêmen. Ele é suspeito de ligação com a Al Qaeda e extremistas que participaram de pelo menos três atentados contra os EUA.
Ele possui centenas de vídeos na internet nos quais dá sermões em árabe e inglês. Considerado ultrarradical pelos EUA, o imã faz pregações na internet convocando militantes e simpatizantes a participar de uma guerra santa contra o país. Em algumas das gravações Al Awlaki prega sobre os benefícios de se morrer em nome da religião.
Segundo o jornal americano "New York Times" ele se encontrou na Califórnia e em Washington com pelo menos um dos sequestradores que atuaram no 11 de Setembro.
Al Awlaki também chegou a classificar como seu aluno o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab --que tentou explodir um avião que voava entre Amsterdã e Detroit no último Natal.
A terceira conexão dele seria com Nidal Malik Hasan, o major americano que matou 13 militares no maior massacre já registrado em uma base militar em território americano, em 5 de novembro de 2009.
Uma jovem britânica que esfaqueou um parlamentar também disse ter assistido discursos de Al Alwaki.
Desde abril de 2010, as forças americanas têm sinal verde do governo para caçar e matar o clérigo. Mas a pressão ficou maior depois de dois pacotes-bombas serem interceptados em aviões com carga do Iêmen com destino a mesquitas em Chicago.
Um dos objetos foi achado em uma aeronave de carga da empresa UPI no aeroporto de East Midlands, cerca de 260 km a norte de Londres. O pacote, contendo um cartucho de tinta de impressora modificado, foi enviado do Iêmen para Chicago, nos EUA, em voo com escala no Reino Unido.
O outro foi descoberto em uma instalação da FedEx Corp em Dubai. O pacote de Dubai foi levado para exames de laboratório para tentar determinar sua natureza, informa um comunicado da autoridade de aviação civil do país, segundo a agência de notícias estatal. A Qatar Airways confirmou que o pacote de Dubai foi transportado em um de seus voos de passageiros partindo da capital iemenita, Sanaa, com escala em Doha.
A tentativa de ataque foi reivindicada pela Al Qaeda na Península Árabe, braço da rede terrorista no Iêmen. Autoridades iemenitas dizem que ele pode ter abençoado os planos, mas não necessariamente participou ativamente deles.
Al Awlaki estaria escondido nas montanhas ao sul do Iêmen, sob proteção de sua família e tribo. Alguns analistas dizem que o país não se esforça para capturá-lo.
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