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21/01/2011 - 09h10

Manifestantes palestinos vaiam ministra francesa em Gaza

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DA FRANCE PRESSE, EM GAZA

Manifestantes palestinos vaiaram nesta sexta-feira a ministra das Relações Exteriores francesa, Michele Alliot-Marie, quando ela visitava um hospital na faixa de Gaza. O protesto era contra uma condenação ao sequestro de um soldado israelense, atribuída erroneamente pela Rádio Israel à ministra.

Cerca de 30 pessoas participavam do protesto em frente ao hospital Al Quds, na Cidade de Gaza. Pouco antes, o carro da ministra havia sido abordado por manifestantes no norte de Gaza.

O motivo da revolta foi uma declaração erroneamente atribuída a Alliot-Marie, que antes de ir a Gaza visitou em Jerusalém os pais do soldado israelense Gilad Shalit, mantido refém desde 2006 pelo braço armado do grupo radical islâmico Hamas, que controla a faixa.

Mahmud Hams/AFP
Guarda-costas protegem ministra Alliot-Marie, vaiada por erro da imprensa que lhe atribuiu fala sobre Shalit
Guarda-costas protegem ministra Alliot-Marie, vaiada por erro da imprensa que lhe atribuiu fala sobre Shalit

Noam Shalit, pai do soldado, pediu à ministra que a França pressione a União Europeia para "condenar [a prisão de Gilad Shalit] como um crime de guerra".

No entanto, a rádio pública israelense informou em seu site que a própria Alliot-Marie dissera que a UE "deve condenar o crime de guerra cometido pelo Hamas, de manter Gilad Shalit detido como refém".

Indagada por repórteres em Gaza sobre por que a UE não reconhece o Estado palestino, como fizeram recentemente o Brasil e outros países latino-americanos, a ministra afirmou que o bloco europeu considera as fronteiras de 1967 como base para as negociações de paz.

"A UE lembrou claramente sua postura em dezembro de 2009, indicando que não reconhecerá nenhuma modificação das fronteiras de 1967 que não seja ratificada pelas partes", declarou Alliot-Marie, citada pelo jornal palestino "Al Quds".

Esta posição inclui Jerusalém, acrescentou, destacando que a UE reconhecerá o Estado palestino quando chegar o momento de fazê-lo.

A ministra francesa começou nesta quinta-feira uma viagem pelo Oriente Médio que, além de Israel, inclui Egito e Jordânia.

No sábado, ela deve se encontrar em Amã com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

 

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