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25/01/2011 - 12h05

Rússia promete castigar autores de ataque; polícia investiga mulher-bomba

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O premiê da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta terça-feira castigar os responsáveis pelo atentado a bomba da véspera que matou ao menos 35 e deixou mais de 180 feridos no Aeroporto Domodedovo, em Moscou.

A polícia, que já havia falando em um homem-bomba, investiga agora a possibilidade do ataque ter sido cometido por uma mulher-bomba, como nos atentados do ano passado contra o metrô da capital russa.

Editoria de Arte/Folhapress

"Este é um crime abominável tanto em sua falta de sensibilidade quanto em sua crueldade", disse Putin, em um encontro de ministros em Moscou. "Não tenho dúvidas de que o crime será descoberto, e a represália é inevitável. A tarefa do governo é estender o apoio aos familiares dos mortos e feridos", completou.

A bomba foi detonada em um atentado suicida nas esteiras de bagagem do terminal de chegadas internacionais às 16h40 locais (11h40 no horário de Brasília), deixando vários corpos no chão e cobrindo o local de fumaça. A lista de vítimas divulgada pelo Ministério de Emergências inclui oito estrangeiros --dois britânicos, um alemão e cidadãos da Bulgária, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Ucrânia.

Nesta segunda-feira, as autoridades locais disseram ter encontrado a cabeça de um homem de aparência árabe, de idade entre 30 e 35 anos, que seria o homem-bomba.

Mas a agência de notícias France Presse, que cita uma fonte de segurança anônima, diz que há evidências de que uma mulher-bomba foi responsável pelo ataque. "A explosão ocorreu no local no momento em que a suposta terrorista abriu sua bolsa. A terrorista estava acompanhada por um homem, que estava a seu lado e foi decapitado pela detonação", explica a fonte policial.

Misha Japaridze/AP
Seguranças vigiam entrada do aeroporto Domodedovo, em Moscou, depois da explosão que matou 35
Seguranças vigiam entrada do aeroporto Domodedovo, em Moscou, depois da explosão que matou 35

A bomba pode ter explodido prematuramente quando os autores do ataque tentavam deixá-la no saguão do aeroporto, da mesma forma que pode ter sido ativada à distância, por controle remoto, segundo a mesma fonte. "O atentado foi cometido de acordo com a técnica habitual utilizada pelos [grupos] oriundos do Cáucaso do Norte", indicou.

Nenhum grupo assumiu autoria do ataque, mas rebeldes no Cáucaso do Norte ameaçaram ataques contra cidades e alvos econômicos durante os preparativos para as eleições parlamentares deste ano e as presidenciais de 2012. A escolha da área de chegadas internacionais do Domodedovo sugere que os agressores queriam um impacto além das fronteiras da Rússia.

Uma terceira fonte, citada pela agência Ria Novosti, informou que a polícia e os serviços de segurança do aeroporto também serão investigados. Mais cedo, o presidente Dmitiri Medvedev culpou a falha na segurança do aeroporto pelo atentado.

LUTO

As autoridades de Moscou declararam um dia de luto nesta quarta-feira pelas vítimas do ataque, disse um porta-voz da PRefeitura de Moscou, citada pela agência Ria Novosti.

"Em memória das vítimas do ataque terrorista de 24 de janeiro no Aeroporto Domodedovo, o prefeito de Moscou Sergei Sobyanin anunciou um dia de luto em Moscou em 26 de janeiro", disse o porta-voz.

As bandeiras serão hasteadas a meio-mastro na região de Moscou. Os programas de entretenimento serão cancelados no rádio e na TV e concertos serão adiados.

HOSPITAL

Vladimir Rodionov/Efe
Presidente russo, Dmitri Medvedev, cumprimenta um dos feridos no ataque contra aeroporto de Moscou
Presidente russo, Dmitri Medvedev, cumprimenta um dos feridos no ataque contra aeroporto de Moscou

Medvedev e Putin visitaram nesta terça-feira os feridos no atentado. Mais de cem pessoas foram hospitalizadas e quatro permanecem em estado crítico, segundo a Ria Novosti.

Medvedev visitou o Hospital Skifilovsky, onde 11 vítimas estão internadas. Putin visitou o Hospital Vishnevsky, onde desejou uma recuperação tranquila aos feridos.

 

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