Publicidade
Publicidade
Somali que atacou caricaturista de Maomé é considerado culpado
Publicidade
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um somali de 29 anos foi considerado culpado nesta quinta-feira de tentativa de terrorismo e assassinato ao tentar matar, há um ano, o caricaturista dinamarquês Kurt Westergaard, autor de uma caricatura do profeta Maomé.
"A Corte estima que uma tentativa de assassinato de Kurt Westergaard, que personifica o ocorrido em torno das caricaturas de Maomé, deve ser considerado como uma tentativa de instigar um medo muito forte à população e desestabilizar as estruturas da sociedade", o que entra no marco da lei antiterrorista dinamarquesa, afirmou a juíza Ingrid Thorsboe.
A decisão do tribunal --formado por um júri popular e três juízes-- foi adotada "por unanimidade, segundo ela.
A pena, que pode chegar à prisão perpétua, será anunciada nesta sexta-feira.
Durante o julgamento, o somali --cuja identidade foi mantida em sigilo-- havia assegurado que apenas queria "assustar, não matar" o caricaturista.
A Promotoria insistiu na acusação de terrorismo porque, segundo ela, o somali atuou inspirado em organizações fundamentalistas como a Al Qaeda.
A defesa alegou que a intenção do acusado era fazer dado ao caricaturista, e não à sociedade dinamarquesa e que, por isso, a acusação de terrorismo não se sustentava.
O acusado havia admitido apenas os delitos de invasão de moradia e de posse ilegal de armas --um machado e uma faca--, o que fez com que Westergaard o chamasse durante o julgamento de "pequeno covarde mentiroso".
WesterGaard, que atualmente tem 75 anos, foi ameaçado de morte várias vezes desde que seu jornal, "Jyllands-Posten", publicou, em 30 de setembro de 2005, uma caricatura satírica representando o profeta Maomé --líder da religião islâmica-- vestido com um turbante em forma de bomba com o pavio aceso.
EPISÓDIO
O episódio ocorreu na noite de 1º de janeiro de 2010, quando o somali, que viajara naquele dia de trem desde Copenhague, entrou na casa do caricaturista em Viby, nas proximidades de Aarhus.
Alarmado com o ruído, Westergaard --que estava cuidando da sua neta de 5 anos-- refugiou-se em um banheiro que converteu em bunker de segurança e, dali, chamou a polícia, enquanto o somali tentava abrir a porta a machadadas.
A polícia chegou poucos minutos depois, e o agressor ainda atacou um dos agentes, que responderam com tiros e feriram uma perna e uma mão do somali.
As caricaturas dinamarquesas, entre elas a de Westergaard, provocaram meses depois fortes protestos no mundo islâmico, com distúrbios em vários países nos quais morreram cerca de 150 pessoas, além de um boicote a produtos dinamarqueses.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre a Dinamarca
- Na Dinamarca, príncipe Frederik e princesa Mary apresentam gêmeos
- Ração da Alemanha contaminada por dioxina chega à França e à Dinamarca
- Princesa da Dinamarca dá a luz a um casal de gêmeos
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice