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03/02/2011 - 10h21

Oposição nega diálogo com governo egípcio

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DA EFE, NO CAIRO

Representantes dos partidos da oposição negaram nesta quinta-feira participação no diálogo anunciado pela TV estatal entre o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, e "partidos e forças políticas".

O dirigente do partido Ghad, Ayman Nour, disse à agência de notícias Efe que "as informações são falsas" e que eles não "participaram de nenhum diálogo". "Não haverá diálogo com o sangue, nem com coquetéis molotov", afirmou.

Já o guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, confirmou em comunicado que seu grupo rejeita negociar com "qualquer símbolo ou dirigente do atual regime governante, de acordo com a vontade do povo, que anunciou a ilegitimidade deste regime".

Ele garantiu que "não há nenhum representante da Irmandade em negociação com o regime", e acrescentou que só ele e os membros de seu gabinete estão autorizados a dialogar com o poder.

Outro dirigente do partido opositor Tagamu, Hussein Abdel Raseq, também desmentiu à agência de notícias Efe que os partidos tenham começado diálogo com Suleiman.

"Os partidos aceitaram o diálogo depois que Mubarak dissesse em seu discurso que não concorreria a outro mandato presidencial, mas depois do crime contra os manifestantes em Tahrir, todos os partidos nacionais disseram que é impossível negociar com um poder que tem pistoleiros", assegurou.

Em seu discurso de dois dias atrás, Mubarak, no poder desde 1981, reiterou que havia pedido a Suleiman, recém-nominado, "que dialogasse com todas as forças políticas".

Raseq garantiu que os principais partidos opositores, entre eles o Wafd e o Ghad, além de seu grupo Tagamu, estão em contato e que todos rejeitam dialogar com o governo.

Além disso, Raseq insistiu em que os grupos políticos querem a dissolução do Parlamento, uma nova lei de direitos políticos e a reforma da Constituição.

"Com a Constituição atual qualquer pessoa que for escolhida como presidente, embora seja um profeta, se transformará em um ditador", garantiu Raseq, quem deixou clara sua posição: "não ao diálogo com assassinos".

A televisão egípcia havia anunciado mais cedo o início do diálogo entre o vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, e 18 partidos políticos. Segundo o primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, citado pelo mesmo canal estatal, o diálogo inclui representantes dos manifestantes da oposição.

 

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