Publicidade
Publicidade
Oposição nega diálogo com governo egípcio
Publicidade
DA EFE, NO CAIRO
Representantes dos partidos da oposição negaram nesta quinta-feira participação no diálogo anunciado pela TV estatal entre o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, e "partidos e forças políticas".
O dirigente do partido Ghad, Ayman Nour, disse à agência de notícias Efe que "as informações são falsas" e que eles não "participaram de nenhum diálogo". "Não haverá diálogo com o sangue, nem com coquetéis molotov", afirmou.
Já o guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, confirmou em comunicado que seu grupo rejeita negociar com "qualquer símbolo ou dirigente do atual regime governante, de acordo com a vontade do povo, que anunciou a ilegitimidade deste regime".
Ele garantiu que "não há nenhum representante da Irmandade em negociação com o regime", e acrescentou que só ele e os membros de seu gabinete estão autorizados a dialogar com o poder.
Outro dirigente do partido opositor Tagamu, Hussein Abdel Raseq, também desmentiu à agência de notícias Efe que os partidos tenham começado diálogo com Suleiman.
"Os partidos aceitaram o diálogo depois que Mubarak dissesse em seu discurso que não concorreria a outro mandato presidencial, mas depois do crime contra os manifestantes em Tahrir, todos os partidos nacionais disseram que é impossível negociar com um poder que tem pistoleiros", assegurou.
Em seu discurso de dois dias atrás, Mubarak, no poder desde 1981, reiterou que havia pedido a Suleiman, recém-nominado, "que dialogasse com todas as forças políticas".
Raseq garantiu que os principais partidos opositores, entre eles o Wafd e o Ghad, além de seu grupo Tagamu, estão em contato e que todos rejeitam dialogar com o governo.
Além disso, Raseq insistiu em que os grupos políticos querem a dissolução do Parlamento, uma nova lei de direitos políticos e a reforma da Constituição.
"Com a Constituição atual qualquer pessoa que for escolhida como presidente, embora seja um profeta, se transformará em um ditador", garantiu Raseq, quem deixou clara sua posição: "não ao diálogo com assassinos".
A televisão egípcia havia anunciado mais cedo o início do diálogo entre o vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, e 18 partidos políticos. Segundo o primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, citado pelo mesmo canal estatal, o diálogo inclui representantes dos manifestantes da oposição.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre o Egito
- Governo de transição é única saída no Egito, dizem analistas
- Vice-presidente do Egito inicia diálogo com partidos, diz TV
- Confrontos matam dez no Egito; governo nega envolvimento
- Governo egípcio deve deter ataques contra manifestantes, diz ONG
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice